Justiça libera e Emescam divulga lista de aprovados em vestibular.

A Justiça autorizou, na tarde desta terça-feira (12), a divulgação da lista de aprovados da 2ª etapa do vestibular de medicina da Emescam.  De acordo com o Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJ-ES), não houve acordo entre o Darwin e a Emescam, e o juiz revogou a decisão liminar que suspendia a divulgação. A lista de aprovados está disponível no site da faculdade. Clique aqui.

O advogado do Darwin informou que a escola vai recorrer da decisão. O Darwin alega que algumas questões da prova da faculdade eram semelhantes ou iguais às publicadas em um caderno de exercícios de uma outra escola, o UP, e sugere que teria havido fraude na seleção.

A instituição entrou com uma ação no Ministério Público pedindo a anulação do processo seletivo 2016/2 e registou um Boletim de Ocorrência na Delegacia de Defraudações de Vitória.

No dia 14 de junho, a Justiça decidiu suspender a divulgação da lista de aprovados. Na ocasião, o magistrado designou multa de R$ 50 mil à faculdade de Vitória em caso de descumprimento.

A audiência de conciliação entre o Darwin, o Up e a Emescam aconteceu na tarde desta terça-feira (12), no Fórum Civel de Vitória. De acordo com o TJ-ES, não houve consenso entre o Darwin e a Emescam e, portanto, o juiz Rodrigo Cardoso de Freitas  extinguiu o processo.

Na decisão, o juiz explicou que após a apresentação do laudo pericial das provas da Emescam e das apostilas do UP e Darwin, não foi identificada evidência de vício ou favorecimento aos alunos do UP.

“As questões presentes na prova Emescam 2016/2 e da apostila do Colégio UP são estruturalmente distintas e, dessa forma, exigiram do candidato proficiência para a solução dos problemas. Deste modo, não existem indícios que o candidato que obteve o material da apostila preparatória do Colégio UP foi favorecido”, diz a decisão.

Emescam
No site da Emescam, um comunicado fala sobre a decisão e dá boas vindas aos alunos aprovados no processo seletivo em questão.

“Todo o processo foi revisado e avaliado por comissão interna e por peritos designados pela justiça, concluindo-se por total legalidade. A Emescam reafirma o compromisso com a tradição na formação de alunos empenhados com o saber acadêmico, com a ética e com a transparência”, diz o comunicado.

Darwin
Por telefone, o advogado do Darwin disse que a escola vai entrar com recurso e continuar auxiliando o Ministério Público e a Delegacia de Defraudações na apuração da suposta fraude na prova. Além disso, segundo o advogado, o pai de um aluno informou que vai propor ação na Justiça.

Up
O UP informou que "a decisão confirmou a lisura nos serviços prestados pela Instituição" e que "ratifica seu compromisso com o ensino de qualidade, pautado nos mais rígidos controles éticos e na excelência de seus profissionais".

Fonte: g1-ES