POLÍTICA NACIONAL

Kátia Abreu diz que foi procurada por partidos, mas quer ficar no PMDB.

PMDB rompeu com Planalto e determinou entrega de cargos.

Em 04/04/2016 Referência JCC

A ministra da Agricultura, Kátia Abreu, utilizou sua conta no microblog Twitter nesta segunda-feira (4) para dizer que chegou a ser procurada por partidos, mas pretende ficar no PMDB.Na última terça (29), o Diretório Nacional do PMDB se reuniu em Brasília e aprovou o rompimento do partido com o governo da presidente Dilma Rousseff, além da entrega dos cargos que ocupa no Executivo – dos 32 ministérios, a legenda está à frente de seis, incluindo vagas de segundo e terceiro escalões.

Um dia depois da decisão partidária, entretanto, Kátia Abreu postou mensagem na mesma rede social informando que ela e os demais ministros do PMDB não entregarão os cargos e também não deixarão o partido.

"Não procurei nenhum partido p/ me filiar. Recebi convites honrosos mas meu partido é o PMDB. Pretendo aqui continuar", escreveu a ministra no Twitter nesta segunda.

Na última sexta (1º), a assessoria do PMDB informou que o segundo-vice-presidente da legenda, Eliseu Padilha, foi acionado pelo diretório estadual da Bahia para que Kátia Abreu seja expulsa do partido em razão de ter permanecido no cargo mesmo após a decisão do diretório nacional da sigla.

Segundo a assessoria, Padilha deverá encaminhar o pedido ao presidente nacional do PMDB e vice-presidente da República, Michel Temer, a quem caberá arquivá-lo ou encaminhá-lo à comissão de ética do partido.

Nesta segunda, ao falar sobre sua preferência por continuar no PMDB, Kátia Abreu acrescentou ter se filiado à legenda a convite de Temer, do senador Renan Calheiros (AL) e do ex-senador José Sarney (AP), além de "tantos outros amigos".

"Me garantiram que eu era bem-vinda e que seria bem recebida", publicou a ministra.

Atualmente, um ministro do PMDB já responde a processo na comissão de ética do partido. Mauro Lopes, da Aviação Civil, foi nomeado no cargo mesmo depois de a convenção nacional da legenda proibir filiados de assumir vagas no Executivo. O processo poderá resultar na expulsão de Lopes, atual secretário-geral da sigla.

Fonte: G1