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KLM diz que erro causou oferta de voo para Europa por até R$ 282

Consumidores relatam cancelamento de passagens comprada na véspera.

Em 02/12/2014 Referência JCC

Após provocar uma corrida de consumidores reclamando que tiveram sua compra de voo para a Europa cancelada, a KLM informou nesta terça-feira (2) em sua página no Facebook que algumas das tarifas "estavam disponíveis por um valor extremamente abaixo do mercado devido a um erro".

Passagens de ida e volta para diversos destinos da Europa foram oferecidas na véspera por menos de R$ 500. Voos saindo do Rio de Janeiro em Janeiro em direção a Amsterdã, por exemplo, chegaram a ser encontrados pelo valor de R$ 282 ida e volta.

Passagens de ida e volta para Madri com saída em fevereiro eram vendidas por R$ 333. Nesta terça-feira, o mesmo trajeto custava mais de R$ 2.500.

As ofertas tentadoras fizeram com que o site da KLM apresentasse instabilidade durante a noite de segunda-feira.

Nesta manhã, consumidores inundaram a páginas da companhia e de sites que vendem passagens para reclamar que tiveram a compra ou a reserva cancelada. Muitos deles ameaçam entrar na Justiça caso a empresa não honre a venda. Até mesmo operadores de turismo questionam o cancelamento de reservas feitas para clientes.

"Algumas tarifas estavam disponíveis por um valor extremamente abaixo do mercado devido a um erro e já não podem serem mais reservadas. Pedimos que por gentileza caso adquiriu uma dessas passagens entre em contato com nossa central de atendimento. Ou se caso adquiriu através de sites de terceiros entre em contato com os mesmos. Agradecemos pela compreensão e pedimos desculpas pelo transtorno", diz a resposta padrão da KLM aos internautas que deixaram mensagens na sua página.

Procurada pelo G1, a KLM não esclareceu se irá honrar as passagens daqueles que conseguiram concluir a compra, mesmo se tratando de um erro de tarifa.

Direitos do consumidor
A coordenadora institucional da Proteste, Maria Inês Dolci, especialista em direito do consumidor, explica que a empresa deve sempre informar rapidamente o público sobre eventuais erros em ofertas e diz que aqueles que se sentiram prejudicados podem procurar os Procons e os órgãos de defesa.

"A empresa já demorou para vir a público e dizer qual foi o problema e o que vai fazer", avalia. "Tem a questão de equlíbrio econômico e finaceniro da empresa. Mas, se ela cometeu algum equívoco, tem que assumir a responsabilidade de honrar a venda uma vez que não veio a público dizer que houve falha e os consumidores continuaram comprando", afirma. 

Fonte: G1