CIDADE

Mesmo após chuva, situação do Rio Santa Maria é preocupante, no ES.

Levantamento apontou uma vazão de 3 mil litros por segundo.

Em 03/11/2015 Referência JCC

Mesmo após as chuvas que atingiram o Espírito Santo nos últimos dias, o nível do rio Santa Maria, em Santa Maria de Jetibá, no Espírito Santo, continua baixo e preocupante. O rio é um dos responsáveis por abastecer a população da capital e região metropolitana.

O último levantamento da Agência Estadual de Recursos Hídricos (Agerh) apontou uma vazão de pouco mais de 3 mil litros por segundo, enquanto a média para essa época do ano seria de 8 mil litros por segundo.

O abastecimento só não foi prejudicado porque a vazão da represa Rio Bonito está sendo controlada. A barragem não é usada mais para produzir energia. Mesmo assim, o nível não é muito diferente de quase um mês atrás.

“Está bem abaixo ainda, não choveu o necessário para suprir a gente”, avalia a comandante dos Bombeiros Voluntários, Ana Paula Luchini Holz.

Para o fotógrafo  Arilson José Pêgo o cenário atual parece nem ser o mesmo de algum tempo atrás. “O nível da água está baixíssimo. Meses atrás esse rio era navegável. Pegava-se uma canoa, um barco a motor e tranquilamente podíamos passear por ele”, disse.

O Rio Santa Maria tem vários afluentes. O  Rio Caramuru é um dos principais. A chuva mudou um pouco a situação dele, mas o cenário ainda não é tão animador.  “Tava uma valeta aqui, quase sem água, seco. Preocupa a gente. Choveu, graças a Deus, mas nós estamos esperando que Deus vai mandar mais chuva pra nós”, disse a agricultora Florinda Bullerjha.

O rio Jequitibá, outro afluente, em alguns trechos nem parece Rio. “Os produtores não estão conseguindo produzir, não estão conseguindo manter a lavoura para abastecer da forma correta”, contou Ana Paula Holz.

Além disso, outro fator prejudicial é que a água do rio tem que ser usada para apagar queimadas. No ultimo mês, os bombeiros voluntários que trabalham em Santa Maria de Jetibá e em outros dois municípios atenderam de três a quatro ocorrências por dia.

“Às vezes a pessoa só quer ir ali queimar um lixozinho, e aí com o vento, acaba espalhando para uma mata, para uma região mais seca. Se a população fizer menos isso, não vamos precisar utilizar tanta água”, explica Ana Paula.

“A gente precisa realmente se adequara a situação, preservar a nossa água, que é nosso bem mais precioso”, aconselha Arilson.

Fonte: G1-ES