CIDADE

Multas de trânsito caem 17% em SP no primeiro mês da gestão Doria.

Proporção entre capturas manuais e eletrônicas mudou.

Em 16/04/2017 Referência JCC / G1 São Paulo

O número de multas de trânsito aplicadas na capital paulista caiu cerca 17% no primeiro mês da gestão do prefeito João Doria (PSDB), de acordo com dados da Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes. A pasta atribui a redução à melhoria da sinalização e a uma mudança no sistema na troca das administrações.

Durante a campanha eleitoral em 2016, Doria afirmou em um vídeo publicitário que havia uma “indústria da multa na gestão anterior”. O número total de penalidades aplicadas na cidade nos primeiros 30 dias do ano passaram de 1.271.907 infrações em 2016 para 1.060.427 infrações em 2017, uma redução de 16,6%.

O estudo divulgado no site Painel Mobilidade Segura, da Prefeitura de São Paulo, indicou ainda que a proporção entre as multas aplicadas manualmente e eletronicamente mudou. Em janeiro deste ano, a captura da infração por agentes de trânsito aumentou cerca de 22,8% em relação ao mesmo período do ano passado, enquanto as infrações registradas pelos radares diminuíram cerca de 11,9%.

Os carros ainda são os veículos mais penalizados, com 68,18% do total naquele mês, seguidos pelos utilitários, com 20,02%, motos, com 5,94%, caminhões com 4,74% e ônibus com 0,43%.

Não podemos relacionar que a queda no número de multas aplicadas com o aumento de velocidade nas marginais Tietê e Pinheiros, já que a nova velocidade foi implantada no dia 25 de janeiro.

Os balanços referentes a fevereiro e março de 2017 ainda não foram divulgados na plataforma.

Justificativa

A Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes disse neste sábado (15) que foi iniciado um trabalho de melhoria na sinalização aos motorista sobre as regras de trânsito justamente para reduzir o número de infrações.

A Secretaria reconheceu ainda que a causa da queda também está relacionada a uma readequação do sistema dos códigos de barra das multas emitidas a pedido da Federação Brasileira de Bancos (Febraban). "Por essa razão, algumas infrações aplicadas no período podem ter sofrido atraso no registro e serem computadas no mês seguinte", disse em nota.