ECONOMIA CAPIXABA

Municípios do litoral do ES reduzem gastos de carnaval.

Corte de gastos de alguns municípios chegou a 60%.

Em 06/02/2016 Referência JCC

Com o orçamento restrito, os investimentos dos municípios do Espírito Santo para as festividades do carnaval de 2016 foram reduzidos. No geral, as cidades mantiveram as atrações musicais em seus balneários, mas de forma reduzida e regionalizada.

Na capital, o carnaval foi executado de forma inovadora, em parceria privada com a Liga Espírito Santense de Escolas de Samba (Lieses).

A mudança na gestão do evento poupou aos cofres públicos cerca de R$ 4 milhões neste ano, valor economizado somando os três últimos anos do desfile, em relação a como era o gasto anteriormente.

Os bloquinhos de rua da cidade também foram alvo de cortes. Não houve abertura de edital para financiamento e a prefeitura apoia os blocos apenas com a guarda-civil, banheiros químicos e limpeza dos locais.

O carnaval do Centro vai contar com um palco na praça Costa Pereira e não vai haver concurso de blocos, como o do último ano. De acordo com o subsecretário de Turismo do município, Felipe Ramaldes, os gastos em 2015 foram de R$ 567 mil e, neste ano, caiu para R$ 184 mil, uma economia de R$ 383 mil.

Além do financiamento dos blocos, a redução da infraestrutura, como a retirada de um palco, e os contratos mais baratos foram os responsáveis pela economia.

Serra
Na Serra, os maiores cortes foram no número de shows, apoio aos blocos e no número de dias de festa em algumas praias no balneário.

O secretário de Turismo, Cultura, Esporte e Lazer, Ronaldo Schmidt disse que a programação nos balneários de Bicanga e Carapebus foi reduzida dois dias, com menos atrações. Em Manguinhos, a festa também só vai contar com uma banda por dia.

De acordo com o secretário, a economia gerada com o corte é de cerca de 30% em relação ao ano anterior. Em 2015, o investimento total foi de R$ 1 milhão e, em 2016, caíram para R$ 700 mil.

Para baratear os eventos, também foram contratadas bandas locais, o número de blocos que receberam apoio por meio de editais foi reduzido e os contratos de infraestrutura foram mais baratos.

Guarapari
O município de Guarapari também teve redução de custos de cerca de 35% do orçamento. As festividades na Praia do Morro foram as mais afetadas pelos cortes, que também vai ter apresentações de bandas locais.

Os maiores custos são com equipamentos em geral. Já os maiores cortes serão em infraestrutura e cachê.

Vila Velha
O município de Vila Velha não vai fazer investimentos específicos para o carnaval deste ano. As festas serão feitas por blocos de rua, para os quais a prefeitura não dá suporte financeiro.

Norte do estado
Conceição da Barra mantém a tradição do carnaval de rua, mas também seguiu a tendência das atrações regionais.

São Mateus apostou nas bandas de marchinha e vai ter um carnaval de clima familiar, sem trios elétricos e com menos bandas. A prefeitura não tem números exatos sobre a redução dos custos, mas afirma que as medidas farão um carnaval 'mais enxuto financeiramente'.

Sul do estado
A Prefeitura de Anchieta manteve as festividades, mas também teve reduções. Os custos do deste ano devem diminuir entre 50% a 60% em relação ao ano anterior.

A prefeitura manteve o apoio aos blocos locais e o investimento em shows, sendo esses os maiores custos dos eventos de carnaval.

Marataízes teve seus maiores gastos com os blocos de rua, que caracterizam o carnaval local, mas, de acordo com a prefeitura, o corte também foi de cerca de 60%, para se adequar as atuais realidades orçamentárias do município.

Os outros municipios do litoral capixaba não enviaram resposta até o fechamento da reportagem.

Fonte G1-ES