CIÊNCIA & TECNOLOGIA

Navios brasileiros vão apoiar pesquisas na Antártida.

Brasil, que tem presença constante no continente desde 1982.

Em 20/10/2015 Referência JCC

O Brasil enviou dois navios de pesquisa para a Antártida para apoiar projetos científicos do País no continente. A região é detentora de 90% das reservas de gelo e de quase 70% da água doce do planeta.

O navio de apoio oceanográfico Ary Rongel e o navio polar Almirante Maximiano vão operar na Baía do Almirantado. O comandante  do Ary Rongel, o capitão-de-mar-e-guerra Nilo Gonçalves de Souza, explicou que a missão já começou durante a viagem, com medições da profundidade e temperatura das águas.

“A pesquisa científica na Antártida é fundamental para o entendimento do funcionamento dos sistemas naturais do planeta e para esclarecer as complexas interações entre os processos antárticos e globais”, disse o comandante, que esteve na região em fevereiro deste ano para se familiarizar, antes de assumir o navio.

Ainda segundo o comandante, a importância de estudar a região está no fato de o continente antártico ser considerado “o principal regulador térmico do planeta, controlando as circulações atmosféricas e oceânicas e influenciando o clima e as condições de vida na Terra”.

O Brasil faz parte de um grupo de 30 países que têm bases na Antártica. Desde 1982, o País marca presença constante no continente, por meio de navios e estação fixa. Desde a destruição da Estação Antártica Comandante Ferraz, em outubro de 2012, devido a um incêndio, os 15 militares que vivem na região estão ocupando os Módulos Antárticos Emergenciais, até que a nova estação fique pronta.

Até o final de março de 2016, os dois navios vão ficar na Baía do Almirantado, na Ilha Rei George, para apoiar os pesquisadores e a tripulação da estação provisória. Os pesquisadores poderão usar os navios como plataforma ou como apoio para montar acampamentos e refúgios.

De acordo com o comandante Souza, além dos militares que fazem parte da tripulação, como mergulhadores e pilotos, 24 pesquisadores, entre mestrandos e doutorandos, estão a bordo do Ary Rongel para realizar atividades como coletas de amostras de água e do solo marinho, estudo da fauna, pesquisas geológicas, além de observações meteorológicas e do comportamento das massas de água.

Os navios têm laboratórios e estação de acompanhamento de informações meteorológicas que viabilizam pesquisas em áreas como oceanografia e hidrografia, biologia, geologia e meteorologia.

Fonte: Portal Brasil, com informações da EBC