CIDADANIA

Ônibus rosa vai atender mulheres vítimas de violência doméstica no ES.

Programação marca o Dia Internacional da Mulher nesta quarta-feira (8).

Em 07/03/2017 Referência JCC / Tatiana Moura, de A Gazeta

Para marcar o Dia Internacional da Mulher, nesta quarta-feira (8), um mutirão com equipe formada por assistente social, psicólogo, investigador de polícia, promotor, defensor e juiz vai atender vítimas de violência doméstica no Espírito Santo.

Os atendimentos do juizado itinerante da Lei Maria da Penha estão sendo realizados, das 9h às 17h, em um ônibus rosa, em frente ao Fórum da Prainha, em Vila Velha, até a sexta-feira (10).

A coordenadora estadual do Tribunal de Justiça do Espírito Santo e juíza da 9ª Vara Criminal de Vila Velha Hermínia Maria Silveira Azoury, afirma que o principal intuito do evento é atender de forma rápida às demandas de violência doméstica.

Segundo a magistrada, somente nesta segunda-feira (6), das 11h30 às 16h, foram emitidas 11 medidas protetivas. “Isso significa dizer que está havendo um encorajamento maior por parte das vítimas, sabendo que a justiça está pronta a ajudá-las em suas demandas”.

O trabalho, que foi idealizado pela presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, é realizado em diversos estados do país pelo menos três vezes ano. Mas para Hermínia, realizá-lo no mês de março tem um significado especial.

“Especificamente essa semana, faremos esse trabalho com mais intensidade e mais celeridade. Mas fora do mutirão as mulheres podem procurar ajuda nas delegacias especializadas, todas as comarcas da Grande Vitória têm delegacias, nas comarcas onde não tem, elas podem procurar em uma delegacia comum”.

Empoderamento
A juíza aponta como causas da violência doméstica as dependências tanto afetiva quanto financeira. Para dar um basta na situação, haverá parcerias com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), com o objetivo de oferecer capacitação às vítimas para que elas se tornem independentes.

“Quanto à dependência afetiva estamos buscando psicólogos para ajudar vítimas que não conseguem se desvencilhar do parceiro”.