CENÁRIO EMPREENDEDOR

O que considerar ao planejar a carreira profissional

A nova geração, mais do que apenas sucesso econômico, busca por sentido e felicidade.

Em 02/01/2018 Referência JCC, Prof. José Luiz Mazolini

Muito tem se falado sobre o elevado índice de desemprego, queda na produção, demissões em massa, diminuição de renda familiar, fatores que contribuem para a redução do consumo, elevação da inadimplência e tal. Enfim, é o enfraquecimento da economia.

De fato, a preocupação com o comportamento e a oscilação do mercado de trabalho tem sido, de alguns anos para cá, alguma coisa que martela fortemente e sonoramente na cabeça de todos os trabalhadores, especialmente, dos mais jovens.

O cenário de crise política no país ocasionou um ambiente de instabilidade, incertezas, escassez de investimentos, fazendo elevar o quantitativo de pessoas fora do mercado de trabalho, chegando ao, ainda preocupante, índice de 12,4% (já esteve pior), segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Por esses e outros motivos, pessoas buscam desenhar um plano de desenvolvimento da carreira profissional, afim de firmar estabilidade no emprego, já pensando em garantir uma boa base financeira no futuro.

Pesquisa realizada em 2016 pela consultoria McKinsey, aponta que 45% das atividades remuneradas existentes hoje podem ser completamente automatizadas no futuro. Além disso, seis em cada dez ocupações têm a capacidade de ter 30% ou mais de suas tarefas substituídas por sistemas de tecnologias.

Outro estudo realizado pelo Fórum Econômico Mundial, também revelou que o "emprego do futuro" ainda não chegou. Segundo o estudo, 65% das crianças que ainda estão navegando pelas ondas do ensino de base terão empregos/atividades ainda desconhecidos.

Esse ambiente mostra, de forma muito clara e emergente, a necessidade de se estabelecer um arrojado plano de carreira, bem como, a importância de fazer as escolhas assertivas (no mínimo próximo a isso), para identificar a área de atuação, além de estimular e exercitar todas as características do comportamento humano, que são fundamentais e ultrapassam as barreiras do currículo, tais como: Atitude positiva, objetividade e clareza na comunicação, senso crítico, capacidade para construir e preservar relacionamentos duradouros de confiança, proativiade, raciocínio lógico,  criatividade, respostas imediatas e coerentes aos eventuais obstáculos e adversidades, etc., que ajudarão a abrir portas para o sucesso profissional.

Além disso, não é raro encontrar por ai, algum tipo de startup de inovação em educação que diz desenvolver soluções on-line (web/mobile) que ajudam a aprimorar o desempenho de jovens profissionais que estão ingressando no mercado de trabalho.

A evolução tecnológica permitiu que algumas habilidades passassem a ser as protagonistas no mercado de trabalho, independentemente da área de atuação. “Chamadas de habilidades do século 21”, como diz a jornalista Marina do Amaral, são elas que diferenciam o homem da máquina, impulsionando a performance de qualquer profissional. Nos últimos anos, muitas empresas começaram a verdadeiramente entender que essas características, em muitos casos, são mais necessárias do que as técnicas.

A nova geração, mais do que apenas sucesso econômico, busca por sentido e felicidade. Não faz sentido o simples acúmulo de conteúdos. Cada jovem possui necessidades e habilidades específicas que precisam ser desenvolvidas de maneira individual.

Autor:

Prof. José Luiz Mazolini

Sobre o autor:

É diretor da Mazolini Consultoria & Marketing, professor universitário, estrategista em marketing & negócios, consultor empresarial e carreira profissional e Palestrante.  www.mazoliniconsultoria.com.br - professormazolini@gmail.com - diretoria@mazoliniconsultoria.com.br.

Imagem: Divulgação/Internet