POLÍTICA NACIONAL

Ordem no Palácio do Planalto é tentar manter Renan cada vez mais perto

A tática do governo é de redução de risco diante da Lava Jato.

Em 16/12/2015 Referência JCC

A ordem no Palácio do Planalto é de tentar manter, cada vez mais, a proximidade com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para evitar prejuízos maiores em relação ao PMDB. O governo tem consciência de que todo gesto de solidariedade de Renan neste momento terá um preço alto lá na frente.

Por isso foi bem recebida as declarações de hoje em que Renan fez um contraponto ao vice-presidente Michel Temer e contestou a decisão do PMDB de restringir a filiação de novos deputados ao partido.

"Mas o presidente do Senado tem tido mais elegância. Ele não reage contra o governo. Ontem mesmo, pautou matérias de interesse do governo em plena crise", observou um auxiliar da presidente Dilma Rousseff.

No governo, há a consciência de que Renan ficou irritado em ter sido alvo indireto da nova fase de Operação Lava Jato, deflagrada nesta terça (15) e que focou em políticos do PMDB. Mas, até o momento, a reação do presidente do Senado tem sido avaliada como positiva pelo Executivo.

A tática do governo é de redução de risco diante da Lava Jato. Nos bastidores, o governo sabe que não tem como controlar os passos da investigação de corrupção na Petrobras.

Por isso, o Planalto tem consciência de que até março, quando o PMDB discutirá se deixará o governo em convenção nacional, o clima será "infernal" e com resultado imprevisíviel. A constatação é de que tudo vai depender do cenário político até lá.

Fonte: Blog do Camarotti