ESPORTE NACIONAL

Paraense de 72 anos se destaca no arco e flecha.

Nas provas de corrida de 100 metros, os povos originários brasileiros levaram a melhor.

Em 27/10/2015 Referência JCC

O arqueiro-gavião Pykre Jimokre Hirare, 72 anos, transformou-se em celebridade nos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas ao acertar o alvo a 30m de distância e obter as maiores pontuações da prova, feito conseguido por poucos atletas participantes. “Pratico flecha desde os 15 anos. Aos 30 comecei a ensinar rapaziada a jogar, a dançar, cantar. Estou muito feliz com a meninada, estão aprendendo e resgatando a nossa cultura”, disse.

 “É importante a flecha, tanto para caçar quanto para jogar. Graças a Deus todos os meninos e a mulherada estão resgatando, jogando e aprendendo. Estou muito feliz. Por isso, vim acompanhar para mostrar o meu povo, o Gavião do Pará”, contou Pykre Jimokre Hirare, orgulhoso. 

Por ele, os Jogos durariam mais tempo e ele já se dispôs a outra exibição. “Eu tenho saúde e posso me apresentar mais dois anos, se precisar”.

O público que viu a disposição do arqueiro-gavião também torceu e vibrou pelos jovens velocistas. Nas provas de corrida de 100m, os povos originários brasileiros levaram a melhor nas oito baterias entre os homens. Kamayurás, assurinis, kanelas, rikbaktsas e assurinis comemoraram a vitória de seus guerreiros. 

Os duelos de cabo de força voltaram a levantar o público, nas últimas competições da noite desta segunda-feira. Xavantes e Parecis roubaram a cena, com uma disputa animada. Com os treinadores animando seus times ao lado, as duas etnias deram tudo de si, mas foram os Xavantes que saíram vitoriosos. Muita comemoração em frente ao público, com direito a dança da vitória. Ao final, os dois povos se cumprimentaram e dançaram em roda, em mais uma mostra de espírito esportivo e integração, principal mote dos Jogos.

Os Jogos Mundiais dos Povos Indígenas estão sendo realizados em Palmas (TO), com atividades até o próximo domingo, 1º de novembro.

Fonte: Portal Brasil com informações da Agência Brasil