EDUCAÇÃO

Paralisação geral na Educação e Ato Público pela Paz.

O ato público teve início às 9 horas com concentração na Praça Costa Pereira.

Em 08/05/2015 Referência JCC

Os trabalhadores em educação no Estado paralisaram as atividades nesta sexta-feira (08/05) e participam de um ato público pela Paz, no Centro de Vitória, como parte da programação do Dia Estadual de Combate à Violência na Escola. O ato público teve início às 9 horas com concentração na Praça Costa Pereira. Essas atividades encerram a programação da Semana de Combate à Violência na Escola, promovida pelo Sindiupes, que contou com diversas ações em municípios polos, incluindo Colatina, São Mateus, Cachoeiro de Itapemirim, além de audiência pública na Assembleia Legislativa do Estado (ALES), em Vitória.
 
Com essas ações, o Magistério quer sensibilizar as autoridades sobre a necessidade de políticas públicas que promovam segurança para a população capixaba, particularmente professores/as, funcionários/as da educação, estudantes e comunidade.
 
O Dia Estadual de Combate à Violência Escolar, celebrado em 08 de maio, foi proposto pelo magistério capixaba na audiência pública sobre o tema, realizada no dia 12 de setembro de 2013, na Assembleia Legislativa do Estado (ALES). A sanção da Lei Estadual de nº 10222/2014, de 25/04/2014, foi publicada no Diário Oficial em 29/04/2014. A data é para lembrar a morte do professor Guilherme Almeida Filho, assassinado no ano de 2013 em Cariacica.
 
Mortes
 
A violência sofrida pelo Magistério tem sido registrada, nos últimos anos, por diversos tipos de agressões em vários municípios e por duas mortes na região da Grande Vitória. Em 08 de maio de 2013, o professor Guilherme Almeida Filho, foi assassinado quando chegava na Escola Municipal Rosa da Penha, no bairro do mesmo nome em Cariacica. Guilherme era coordenador na Escola Rosa da Penha e à noite trabalhava com educação especial na EMEF Constantino José Vieira, em Marcílio de Noronha, Viana.
 
No dia 10 de fevereiro deste ano de 2015, a professora de Língua Inglesa, Mirian Rocha Tavares Peixoto, 40 anos, morreu após ser atingida nas costas por um tiro, quando caminhava em direção à escola na Rua Santa Leopoldina, em São Torquato, Vila Velha, onde havia sido contratada em janeiro. A polícia suspeita que o tiroteio envolveu gangues rivais da região.
 
Insegurança
 
Agressões verbais e até mesmo agressões físicas fazem parte do dia a dia nas escolas e fora delas, envolvendo professores/as e trabalhadores/as da educação, trazendo-lhes insegurança, causando-lhes desgaste emocional.
 
Os motivos das agressões vão desde ameaça de estudantes a professores/as com enfrentamento verbal, enquanto outros partem para agressão física ou danos a bem de professores/as, sobretudo a respeito de rendimento escolar. Xingamento, gestos obscenos, perturbações, indisciplina atrapalham o andamento das atividades pedagógicas e os relacionamentos dentro da escola.

A violência se dá, também, entre os próprios estudantes, como o bullyng. Ela é o reflexo dos contextos de graves problemas sociais que vivem crianças e jovens e que repercutem no ambiente escolar por meio da violência contra os profissionais da educação e ultrapassa os muros da escola.

Fonte: SINDIUPES