ESPORTE NACIONAL

Parque Radical do Rio, em Deodoro, é aberto à população

Até 1º de março, moradores poderão frequentar o local de quarta a domingo.

Em 24/12/2015 Referência JCC

O ministro do Esporte, George Hilton inaugurou nesta quarta-feira (23) a parte aquática do Parque Radical do Rio de Janeiro (RJ). O evento contou com a presença do prefeito da cidade, Eduardo Paes, e de  moradores do bairro de Deodoro.

“É um reconhecimento de que as Olimpíadas trazem benefícios para toda a população, para toda a comunidade, não só para os atletas. Claro que a comunidade esportiva do Brasil está vibrando com essa estrutura, mas nada melhor do que trazer a comunidade para fazer parte dessa grande conquista”, disse George Hilton.

A partir desta quarta até o dia 1º de março, aniversário de 451 anos do Rio de Janeiro, o parque funcionará de quarta a domingo, das 8h às 18h, fechando às segundas e terças-feiras para manutenção.

“Basicamente o que a gente fez foi desligar as duas corredeiras, porque você tem que baixar o nível da água, e você vai ter uma estrutura de lazer, com cadeiras, cobertura, parte de alimentação. É como se fosse uma praia que serve para uma área da cidade muito abandonada. É um tipo de uso mais do que adequado para uma instalação da Olimpíada. Isso é um equipamento pago com recursos do governo federal para as Olimpíadas, mas passa a ser um espaço municipal e a prefeitura vai bancar o custeio disso”, explicou o prefeito Eduardo Paes.

Surpresa agradável

Mesmo sem saber direto o que seria, Cristiano Rocha observava uma das obras do Complexo de Deodoro. “Isso tudo aqui era mato, era brejo, o pessoal invadia para soltar pipa. E lá de cima eu ficava acompanhando a construção desta piscina”. Ela ficou pronta e Cristiano, morador da região, teve uma ótima notícia. “Aí resolveram abrir. Foi a melhor coisa que aconteceu. Agora vou aproveitar o parque, aproveitar esse paraíso que tem aqui”, acrescentou.

Indaiá Ferreira trouxe uma turma para curtir o primeiro dia do parque. A técnica de enfermagem também adorou a abertura do local. “Quando as crianças estavam de férias, poderiam ter lazer e não tinham. Agora elas vão poder vir. É mais um lazer para as crianças, para elas saírem da rua. Eles vão ter o que fazer para se distrair”, disse.

Quem não estava se aguentando era Larissa Pinto, de onze anos. Ela foi uma das primeiras a pular na água. “Foi ótimo isso. Vou nadar todos os dias”, prometeu.

Estrutura

No período de uso pela população, o local será administrado pela Rio Eventos, com o apoio do Corpo de Bombeiros e do Conselho Tutelar. O lago artificial tem três níveis de profundidade (1,95m, 1,20m, 0,45m) e a estrutura conta ainda com chuveiros, espreguiçadeiras, boias, ombrelones, além de tendas para venda de bebidas e lanches. Salva-vidas estarão em toda a extensão do lago, inclusive dentro d'água. Haverá ainda oficinas de atividades aquáticas, com professores de educação física, monitores e animadores infantis.

A entrada é gratuita e a capacidade é para até três mil pessoas por dia, com controle de acesso e segurança por roletas. Segundo a prefeitura, carrinhos elétricos estarão à disposição para transportar gestantes, idosos e pessoas com dificuldade de locomoção. Todos deverão levar documento de identidade e menores de 12 anos só poderão entrar acompanhados de seus responsáveis. Após o dia 1º de março, o local será entregue ao Comitê Organizador Rio 2016.

Uso pós-Jogos

O Parque Radical ficará como legado para a comunidade, mas também será usado para o esporte: conforme acordo feito entre o Ministério do Esporte, a prefeitura do Rio, o Exército e a Confederação Brasileira de Canoagem (CBCa), o local se transformará numa área de lazer – a segunda maior da cidade, atrás apenas do Parque do Flamengo – e terá uso compartilhado com as modalidades de canoagem slalom e ciclismo BMX.

De acordo com a prefeitura do Rio, após os Jogos Olímpicos e Paralímpicos, o parque terá opções de recreação, prática esportiva e equipamentos sociais. O circuito de canoagem slalom será novamente aberto e a pista olímpica de BMX também poderá ser usada pela população.

Serão instaladas ainda quadras poliesportivas, ciclovia, pista de skate, trilhas ecológicas, equipamentos de ginástica, quiosques, minipista de mountain bike, espaço para convivência com churrasqueiras e mirante. Também serão montadas no local uma clínica da família e uma nave do conhecimento, que é um espaço multiuso e interativo que oferece à população inúmeras opções de cursos, visitas virtuais e lazer.

Complexo Esportivo de Deodoro

Nos Jogos Rio 2016, o Complexo Esportivo de Deodoro será sede de 11 modalidades olímpicas (hipismo-saltos, hipismo - adestramento, hipismo -concurso completo de equitação, BMX, mountain bike, pentatlo moderno, tiro esportivo, canoagem slalom, hóquei sobre grama, rúgbi e basquete) e quatro paralímpicas (tiro esportivo, hipismo, esgrima e futebol de 7).

O complexo sediou os Jogos Pan-Americanos de 2007 e os Jogos Mundiais Militares de 2011, e já tinha 60% das áreas de competição permanentes construídas. O Centro Nacional de Tiro, a piscina do pentatlo moderno, o Centro Nacional de Hipismo e o Centro de Hóquei Sobre Grama precisavam apenas de adaptações.

Com o projeto olímpico, o local ganhou três instalações permanentes: a Arena da Juventude (que está com 75% de execução), o Centro Olímpico de BMX e o Estádio Olímpico de Canoagem Slalom (ambos 100% prontos e já testados). O Parque Olímpico de Mountain Bike (já entregue e testado) e o Estádio de Deodoro serão provisórios. As obras são executadas pela Prefeitura do Rio com recursos do Ministério do Esporte.

Fonte: Brasil 2016