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Pesquisadores identificam novas rotas de inclusão produtiva.

Trabalho tem o objetivo de nortear a implementação de novas ações do programa Rotas de Integração Nacional.

Em 05/03/2015 Referência JCC

Com o objetivo de ampliar as ações de desenvolvimento regional no País, representantes do governo federal, de bancos de financiamento e pesquisadores se reuniram no Rio de Janeiro para apresentar os resultados parciais do mapeamento de potenciais produtivos das macrorregiões brasileiras. O trabalho vai nortear a implementação de novas ações do programa Rotas de Integração Nacional.

Executado pelo Ministério da Integração Nacional (MI), no âmbito da Secretaria de Desenvolvimento Regional (SDR), o programa tem como objetivo a redução das desigualdades inter e intrarregionais e promoção do desenvolvimento socioeconômico, mediante ações coletivas e de convergência das agências de fomento. 

Segundo o diretor do Departamento de Gestão de Programas de Desenvolvimento Regional, Amarildo Baesso, a pesquisa apresentada pela Rede de Pesquisa em Sistemas de Arranjos Produtivos e Inovativos Locais (Redesist), em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), traz estratégias de incentivo e integração dos arranjos produtivos existentes e apoia o trabalho de identificação de novas cadeias produtivas, que podem auxiliar na estruturação socioeconômica das regiões menos desenvolvidas do país. 

Baesso ressalta ainda que a meta do MI é aprimorar a política de inclusão produtiva do governo federal e prospectar novas ações de investimento do Rotas. "Com as potencialidades já identificadas, o esforço agora está voltado para a fase de planejamento, levando em consideração as diferentes particularidades e realidades regionais", explica o diretor. 

PNDR

A diretora do Departamento de Gestão de Políticas de Desenvolvimento Regional, Adriana Alves, garante que o aproveitamento dos Arranjos Produtivos Locais (APLs) são extremamente importantes para a implementação da nova Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR II), que busca a equidade do desenvolvimento nas diversas regiões brasileiras - a PNDR II está em avaliação na Casa Civil para ser encaminhada ao Congresso Nacional.

"Pensar na produtividade com alto grau de inclusão produtiva é fundamental. É a saída para superar as desigualdades regionais no país", afirma a gestora. 

A pesquisa realizada pela Redesist, sob coordenação do MI, conta com o apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que organizou o encontro. As pesquisas serão apresentadas durante a 2ª Semana do Desenvolvimento Regional, em maio deste ano, em Fortaleza.

Pesquisa

Na opinião do professor José Eduardo Cassiolato, da Redesist, o mapeamento de potenciais produtivos das macrorregiões é mais que um esforço coletivo do entendimento da economia brasileira. "A definição de novas estratégias é fruto da reflexão coletiva, para que os pesquisadores, acadêmicos e executores das políticas públicas possam avançar na proposição de novos arranjos produtivos". 

Como exemplo das particularidades regionais, o professor Paulo Cavalcanti, da Universidade Federal da Paraíba, sugere que no Nordeste - sua região de estudo-, seja levada em consideração principalmente a região e não apenas o ramo dos Arranjos Produtivos Locais. "Vou propor uma ênfase na sistemática territorial, que respeite as diferentes atividades. Também é importante levar em conta os equipamentos e políticas públicas de cada região e pensar numa forma de integrar e inseri-los nas rotas".

Marisa Botelho, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, pesquisadora da Região Sudeste do país, identificou, por exemplo, especificidades de arranjos produtivos ligados à região da Mata Atlântica, culturas ligadas ao turismo e setores industriais. Na Região Sul, Ana Tatschi, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, mapeou APLs com a produção de leite, confecções de uniformes e produção de mel.

Além de representantes do BNDES, órgão sede do encontro, participaram o coordenador geral de Programas Sub-Regionais da Secretaria de Desenvolvimento Regional, Marcos Sant'Ana, do MI; representantes dos Ministérios do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; e da Ciência, Tecnologia e Inovação; Banco do Nordeste (BNB); Banco da Amazônia (BASA); e Banco Regional do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná (BRDE).

Fonte: Ministério da Integração Nacional