CIDADE

Prefeito da Serra(ES) pede agilidade no combate a incêndio na turfa.

Comitê formado junto ao governo faz estudos para resolver o problema.

Em 22/04/2015 Referência JCC

O prefeito da Serra, Audifax Barcelos, pediu agilidade no combate ao incêndio na área de turfa no Mestre Álvaro, no Espírito Santo, que dura mais de dois meses na região.

Em entrevista ao Bom Dia Espírito Santo desta quarta-feira (22), o capitão Thompson, do Corpo de Bombeiros, disse que cerca de 85 homens trabalham no local e que um comitê foi formado junto ao governo do estado para resolver o problema.

A turfa é um tipo de solo formado por restos ou vegetais em decomposição e musgos. Ele é formado normalmente em áreas alagadas. "Na presença de água, ele vai se proliferando e fica ali presente, normalmente em planícies, como é o nosso caso aqui", explicou o capitão.

Com a seca, a camada de água diminui e a turfa fica seca. "Ela se torna um combustível com poder de queima extremamente grande. Eu preciso de pouco calor para começar uma combustão nessa região", disse o bombeiro.

Para Thompson a situação ainda se agrava quando a população não contribui. "O que a gente tem visto lá são algumas atitudes de displicência por parte de algumas pessoas. Por exemplo, passar pelo local fumando e jogar guimba de cigarro no local, atear fogo para queimar lixo em vegetação próxima a essas turfas, o fogo pode passar do lixo para uma vegetação mais rasteira e passar para a turfa", afirmou.

Serra
De acordo com o prefeito Audifax Barcelos, a fumaça da turfa prejudica a população. "É um momento muito ruim que a cidade está vivendo e muito preocupante também. Pelo tempo, aconteceu alguns meses atrás, parou, agora retomou com muita força. Na primeira vez, eu tinha chamado o Corpo de Bombeiros uma vez, chamei de novo na semana passada, porque vi que a situação é muito preocupante. Nunca aconteceu isso na Serra. Nunca ninguém tinha ouvido falar que tinha esse tipo de problema na Serra", afirmou.

Atualmente, além do apoio do Corpo de Bombeiros, quatro carros pipa e a Defesa Civil auxiliam no combate ao incêndio. "Já foram usado 3 milhões de litros de água na área. Nós precisamos fazer alguma coisa urgente, porque estamos sofrendo muito", completou Audifax.

Combate
Quando a fumaça começou a incomodar, o Corpo de Bombeiros trabalhou com uma equipe de 15 a 20 bombeiros. "Nós estamos trabalhando lá agora com cerca de 80 a 85 bombeiros por dia no local. Uma solução definitiva só vai vir com um alagamento da área. Se vai ser com a chuva ou com obras de engenharia, é algo que está sendo estudado. Está sendo montado um comitê junto com o governo do estado para estudar o que será feito", disse o capitão Thompson.

Sobre o uso de água do mar, Thompson afirmou que a logística é complicada. "Primeiro precisaríamos ver com os órgãos ambientais qual seria a extensão do prejuízo ambiental que essa água traria para o local. Outra questão era como ela seria trazida. É complicado de fazer", concluiu.

Fonte: G1-Espírito Santo