CIDADE
Prefeitura de Vila Velha promete casas para famílias despejadas
Famílias despejadas de ocupação em Morada da Barra, Vila Velha, permanecem em escola.
Em 02/10/2018 Referência JCC - TV Gazeta
Foto: Ari Melo/G1
A Prefeitura Municipal de Vila Velha se comprometeu em trabalhar para construir moradias populares para as famílias despejadas de ocupação de Morada da Barra, mas ainda não há data para isso acontecer. Enquanto isso, a previsão é de que essas pessoas deixem a Escola Municipal Darcy Ribeiro nesta terça-feira (2), onde estão alojadas, e sejam levadas para o prédio do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS).
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A escola serve de abrigo desde o dia 19 de setembro, quando houve um cumprimento de mandado de Justiça e as famílias, que haviam ocupado irregularmente um terreno particular em Morada da Barra foram forçadas a sair. As casas foram demolidas e muitas ficaram sem ter para onde ir.
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As famílias foram para a escola também por determinação judicial, mas isso fez com que mais de mil crianças ficassem sem aulas. A prefeitura então providenciou uma reforma no prédio do CRAS para receber essas pessoas provisoriamente. As obras estão em fase final.
"Morar aqui na escola não tá bom não. Tá prejudicando a gente e também os alunos que precisam estudar. Não vai ser uma moradia boa lá [no CRAS] não, mas vai ser melhor do que aqui", acredita o desempregado Marcos Amaral.
Nas dependências do CRAS, os quartos terão beliche, banheiros feminino e masculino, cozinha coletiva e segundo andar será disponibilizado para guardar os móveis.
A aposentada Nanailde da Conceição acredita que será melhor a ida para o CRAS, mas o que gostaria mesmo seria de estar na própria casa. "Antes todos nós tínhamos nosso espaço, e agora é fila pra banheiro, fila para isso, fila para aquilo. É muito complicado", desabafou.
Operação
Uma operação envolveu cerca de 150 policiais militares para retirar famílias que ocupavam terrenos em Morada da Barra, em Vila Velha. A área pertence a um grupo de dez pessoas que entrou na Justiça e conseguiu a reintegração de posse. Houve confusão no momento da saída dos moradores.
Oficialmente, 55 famílias moravam na região, segundo a prefeitura. Algumas famílias foram para casa de parentes e amigos, já outras tiverem que ir para escola.
