ECONOMIA NACIONAL

Primeiro trimestre de 2015 será de cautela para empresas capixabas, diz Fecomércio

Segundo dados do Indicador Serasa Experian, a taxa de inadimplência das empresas teve alta de 7,1%

Em 27/11/2014 Referência JCC

O início de 2015 deverá ser de cautela para as empresas capixabas. As dúvidas em relação ao crescimento da economia brasileira deverá demandar ajustes por parte os empresários, que temem o crescimento da inadimplência.

Dados do Indicador Serasa Experian mostram que a Inadimplência das Empresas registrou crescimento de 4,4% em outubro em comparação com setembro. Já no acumulado de janeiro a outubro, na comparação com o mesmo período do ano passado, o indicador teve alta de 7,1%.

De acordo com o diretor financeiro da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Espírito Santo (Fecomércio-ES), Marcus Magalhães, a taxa de inadimplência é acompanhada pelas empresas do Estado. A estagnação econômica está entre os fatores responsáveis pela alta do índice. “A economia capixaba acompanha as tendências nacionais, e muitas empresas estão passando por um momento complexo. A economia não está seguindo na velocidade que gostaríamos, e o endividamento das pessoas também é muito grande. O Espírito Santo não está à margem da economia nacional, enfrentamos os mesmos problemas do restante do país”, explica.

Nem mesmo as vendas de final de ano elevam a confiança dos empresários. “A venda de final de ano é muito boa. Mas é um fato isolado dentro de um contexto de 12 meses da economia em baixa, então não resolve o problema”, diz.

Para Magalhães, o crescimento da economia e as expectativas dos comerciantes também dependem das estratégias do governo federal. As reformas ministeriais e as medidas de combate à inflação são alguns dos aspectos que podem contribuir para a mudança neste cenário. No entanto, ele acredita que os efeitos só deverão ser observados na economia capixaba a partir do primeiro trimestre de 2015.

“A gente espera uma movimentação dos atores no cenário político nacional, e isso deve refletir em mudanças econômicas. A gente torce para que sejam mudanças positivas, mas a situação das empresas só deve melhorar mesmo a partir do primeiro trimestre. O início do ano tembém é complexo para os consumidores, que também possuem contas para pagar, como IPVA e IPTU, então até o final de março as empresas vivenciará períodos de ajustes”, frisa.

Devolução de cheques

Segundo o Serasa, os cheques sem fundos foram os principais responsáveis pela alta do indicador em outubro, com variação de 22,9% e contribuição de 3,3 pontos percentuais. no Espírito Santa, a taxa de devolução dos cheques foi de 43,7%, a maior registrada este ano.

Fonte: Folha Vitória