CIDADE

Protesto pede ajuda para encontrar menina Thayná

Thayná Andressa de Jesus, de 12 anos, está desaparecida desde o dia 17 de outubro.

Em 06/11/2017 Referência JCC / G1-ES

Vinte dias depois do desaparecimento da menina Thayná Andressa de Jesus, de 12 anos, familiares e amigos ainda buscam respostas sobre o que aconteceu com ela. Familiares e amigos fizeram um protesto nas escadas do Palácio Anchieta, em Vitória, pedindo ajuda para encontrar a menina, nesta segunda-feira (6).

O protesto começou por volta das 8h30. Os manifestantes fecharam o sentido Centro da avenida Getúlio Vargas, no centro da capital. "Nós estamos aqui para apoiar a causa de uma mãe, que até agora, está à procura de uma filha que desapareceu e nós sabemos o rosto desse monstro", disse uma das manifestantes.

A mãe da menina, Clemilda de Jesus, também participou da manifestação. "Desespero, angústia, muita dor no meu coração. Mais um final de semana, a minha filha lá fora e eu não sei aonde. Não dá para ter paciência, calma, agora é só desespero. Se ninguém não falar nada, eu vou enlouquecer. Eu estou desesperada. Que a minha filha não fique no esquecimento. Eu não vou parar. Eu só estou pedindo um direito meu", disse a mãe.

Thayná foi vista pela última vez entrando num carro no Bairro Universal, em Viana, no dia 17 de outubro. Segundo a polícia, o suspeito de ter sequestrado a menina é Ademir Lúcio Ferreira, de 52 anos, que já tem um pedido de prisão em aberto e está foragido.

No domingo (5), a mãe de Thayná disse que não consegue mais voltar para a casa. “Eu entro e está essa casa suja, fria, sem vida. Eu não estou conseguindo entrar. Eu venho aqui pegar uma roupa e saio correndo. Está torturante demais. Estou doida que esse pesadelo acabe”, declarou Clemilda.

As bonecas da criança ficaram sobre a cama e o material escolar continuam pronto para ser usado. Na casa de Thayná, tudo segue do mesmo jeito, à espera da adolescente. Para a mãe, ela é uma criança de 12 anos, que ainda brinca de boneca.

“Minha filha é uma princesinha, é uma bonequinha. As coisinhas dela são de criancinha. Você não vê nada no quarto dela que não seja de uma criancinha”, falou.

Clemilda tem outros três filhos mais velhos que Thayná, mas, na casa, só mora com o marido e a menina. Desde o desaparecimento da filha, a mãe passa os dias na rua, numa busca desesperada pela filha.

“Vinte dias sem saber onde está minha filhinha e o que está acontecendo com ela. E eu tenho que ter paciência, tenho que esperar”, declarou.

(Foto: Kaíque Dias/ CBN Vitória)