Reajuste no preço do papel gera tensão na indústria gráfica capixaba.

O preço do papel ficou 24% mais caro em fevereiro, segundo a Indústria Brasileira de Árvores (Ibá). Neste período de crise, quando as vendas já apresentam recuo, o reajuste no valor do produto deixa em alerta os empresários da indústria gráfica capixaba, que já aguardam baixas de 5% nas vendas neste primeiro semestre.

Para o presidente do Sindicato das Indústrias Gráficas do Estado do Espírito Santo (Siges), João Baptista Depizzol Neto, a soma dos entraves já representa prejuízo para as gráficas que muitas vezes têm dificuldades de repassar o reajuste para o cliente e vê suas demandas reduzirem a cada dia. “Os aumentos com gastos em produção e salários de funcionários devem apertar ainda mais o orçamento industrial e com isso, os repasses aos clientes serão necessários”, disse.

O consumo do papel cartão caiu 5,9% em 2015 frente a 2014, agora com reajuste de 15% no produto o resultado neste ano deve ser ainda pior. “A queda nas vendas do papel cartão é consequência da crise financeira que refletiu no consumo das famílias. Este tipo de papel é utilizado, em grande maioria para confecção de embalagens. E como as vendas caíram consideravelmente, a indústria gráfica não tinha como sair ilesa”, disse Depizzol. O presidente acrescentou ainda que o desaquecimento do mercado preocupa o setor, que já amarga decréscimo desde o ano passado.

Fonte: Iá! Comunicação