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Rodovia ES-358 é tomada por lama e buracos após chuva.

10 carros chegaram a ficar atolados em um único dia, segundo os moradores.

Em 29/05/2017 Referência JCC / Érika Carvalho, TV Gazeta

A rodovia ES-358, que liga Linhares a São Mateus, no Norte do Espírito Santo, foi tomada por lama e buracos, depois da chuva dos últimos dias na região. Nos 112 quilômetros que separam uma cidade da outra, 10 carros chegaram a ficar atolados em um único dia, segundo os moradores.

O Departamento de Estradas e Rodagem (DER-ES) prometeu que vai fazer o patrolamento onde o tempo estiver firme, mas não estabeleceu prazo.

Para os motoristas, passar pela estrada se tornou sinônimo de prejuízos. Na última semana, o comerciante Isaías Benedito teve que socorrer um amigo na rodovia. “Ele caiu num buraco que tem ali depois da ponte e o carro dele estourou o cárter. Então, não teve como ele transitar de lá para cá. Eu fui com meu carro lá e trouxe ele até aqui”, contou.

Além do amigo, Isaías disse que 'resgatou' outras oito pessoas só na última semana.

A situação da estrada fica ainda pior para quem segue de moto. “A estrada está muito cheia de buracos, aí quando a gente vai fazer uma viagem, dá problema na moto, no carro e fica ruim para seguir adiante”, disse o desempregado Henrique Santos.

O problema na estrada também impediu os alunos de irem para a escola. O ônibus escolar que leva os alunos de Urussuquara a Pontal do Ipiranga também atolou e os alunos não puderam seguir para o colégio.

“Ele ficou dois dias, praticamente, sem ir, porque de manhã atolou. Na parte da tarde, não teve ônibus e, na sexta, também não teve. E o ônibus que faz a linha de Urussuquara a São Mateus também ficou dois dias sem ir, por causa dos buracos que tem na estrada”, contou o representante da associação de moradores José Luiz Ferreira.

Pela estrada, os moradores recolheram diversas placas de carros que tiveram problemas ao longo do caminho. “Em um dia, se eu não me engano, quase 10 carros ficaram atolados, inclusive o nosso”, disse a comerciante Maria Werneck.

Com isso, o comércio também sofre as consequências. “Em função da estrada, o movimento aqui, hoje, caiu 80%”, lamentou o comerciante Washington Ribeiro.