CIDADE

RS tem primeiro dia de greve do funcionalismo público nesta quarta.

Decisão foi tomada em assembleia com mais de 40 categorias na terça (18).

Em 19/08/2015 Referência JCC

Começa nesta quarta-feira (19) a greve dos servidores estaduais no Rio Grande do Sul, que afeta diversos setores, como educação e segurança pública. A paralisação ocorre até sexta (21), como decidiram mais de 40 categorias em assembleia na última terça (18).

Os funcionários públicos estão descontentes com as medidas do governo gaúcho para conter a crise econômica. Eles já realizaram um dia de paralisação, em 3 de agosto, em todo o estado, e não descartam retomar a greve no futuro caso o governo volte a atrasar ou parcelar os salários.

Em entrevista coletiva no Palácio Piratini na terça, após a decisão dos servidores, Sartori afirmou que quem entrar em greve terá os dias sem trabalhar descontados dos salários.

Nesta manhã, o reflexo da greve já era percebido no movimento nas escolas estaduais – bastante fraco ou quase nulo. A orientação do Centro dos Professores do estado (Cepers) é que os professores e demais servidores não compareçam.

A Secretaria de Educação, por sua vez, orienta os pais a entrar em contato com as instituições antes de os filhos irem à aula. Cabe a cada professor decidir se trabalha nesses dias de greve.

Nas delegacias e batalhões da Brigada Militar, a orientação das associações que representam as categorias é que somente casos graves sejam atendidos.

Alguns serviços não são prestados, como registro de ocorrências para roubo de carteira e perda de documentos. Esses casos devem ser informados pela internet. Porém, flagrantes de crimes são atendidos normalmente.

Durante a madrugada, algumas viaturas da Brigada Militar circulavam pelas ruas de Porto Alegre. Ao menos duas pessoas foram presas pela BM e levadas para a Delegacia de Pronto Atendimento, no Palácio da Polícia Civil. Um deles foi flagrado em um carro clonado, e o outro, após assaltar duas mulheres no Centro da capital.

O Comando-Geral da Brigada Militar já havia informado que atendimentos ocorreriam normalmente, já que a legislação considera ilegal qualquer tipo de greve ou operação-padrão de policiais militares.

O trabalho dos bancos e no transporte coletivo deve ocorrer normalmente. Não há previsão de paralisação destes serviços. Os ônibus circulam sem problemas.

Já na área da Saúde, a Secretaria Estadual informou que seria difícil prever o que poderia ser afetado. As farmácias do estado podem ter o atendimento prejudicado, por exemplo.

O Sindicato afirma que parte das coordenadoria de saúde terá serviços suspensos e a previsão é que haja atendimento em 30% do quadro de funcionários nos serviços essenciais.

Fonte: G1