ECONOMIA NACIONAL

Salários respondem por 41% do custo de produção do setor metalmecânico.

Dados foram baseados em índices do Compete-ES.

Em 10/03/2015 Referência JCC

A elevação do custo da mão de obra é a principal responsável pelo crescimento do valor da produção no setor metalmecânico capixaba. A informação foi repassada com base nos dados do diagnóstico realizado pelo Instituto de Desenvolvimento Industrial do Espírito Santo (Ideies) com as empresas do setor que aderiram ao Programa de Competitividade Sistêmica do Estado do Espírito Santo (Compete/ES).

 

Os dados apontam que 41% das despesas são dos salários e encargos trabalhistas, seguido do custo da matéria-prima (33%), financiamento (15%) e impostos (11%). Em 2013, 36% das empresas que aderiram ao Compete-ES, registraram crescimento de custo entre 5,1 e 10%; 27% relataram aumento de 10,1 a 20%; e 18% das empresas entrevistadas apontaram 0,1 a 5% e acima de 20%.

 

Segundo a análise apresentada, os concorrentes das empresas capixabas têm maior capacidade competitiva, uma vez que apresentam estrutura logística melhor, menor custo de imposto interestadual, matéria prima e mão de obra mais barata e mais produtiva, melhor relação entre as classes sindicais laboral e patronal e maior integração entre os setores produtivos.

 

Para o empresário e diretor do Sindifer, José Emilio Brandão, o Programa tem contribuído com as empresas do setor externamente, mas é necessário buscar outras ações para tornar a indústria mais competitiva dentro do estado. “Temos que saber que quem faz o preço não é quem produz, mas sim o mercado”, justificou.

 

Diagnóstico

Além disso, também foi destacada a importância de incentivar e fortalecer o mercado interno. De acordo com o diagnóstico do Ideies, 8% das vendas metalmecânicas do Espírito Santo são para o exterior. Ainda segundo o diagnóstico, o mesmo quantitativo (8%) é comercializado apenas no Estado e outros 85% são comercializados no mercado interno e em outros Estados.

 

Entre os clientes estão Outras indústrias (68%), Consumidor final (53%), Distribuidor (25%) e Atacado (20%). A pesquisa aponta também que somente 10% das indústrias têm capacidade de atuar fora do ES. A oferta e a demanda estão casadas, ou seja, em casos de dificuldades de vender dentro do Estado, é necessário apostar na venda para fora até mesmo do país.

 

A produção física do setor no acumulado em relação ao mesmo período do ano anterior de -4,8%. O índice é negativo, porém melhor que em 2013, segundo os dados. Já o nível de Utilização da Capacidade Instalada oscilou. Em janeiro recuou para pouco mais de 59%, em maio 57%, em julho 81%, seguido de outro salto em agosto (93%) e queda no mês seguinte (85%).

Fonte: Iá! Comunicação