OPINIÃO

Se Silva e Luna for como Pazuello, encheremos o tanque com cloroquina

O amigão do Queiroz, o pai do senador das rachadinhas, Jair Bolsonaro aprontou mais uma.

Em 19/02/2021 Referência CCNEWS, Redação Multimídia

Foto: Divulgação/Fiesp

E o amigão do Queiroz, o pai do senador das rachadinhas, Jair Bolsonaro aprontou mais uma: demitiu o excelente Roberto Castello Branco e nomeou mais um militar para um alto escalão do “governo” (a Petrobras não deixa de ser, de certa forma, governo).

O motivo foi o mesmo das demissões de Luiz Henrique Mandetta e de Nelson Teich, ambos igualmente substituídos por um general: autoritarismo, populismo e burrice. Muita burrice! O mito não aceita independência e competência por perto; apenas subserviência.

Eis o currículo do demitido: pós-doutorado pela Universidade de Chicago, diretor no Banco Central e na Vale, membro do Conselho de Administração da Petrobras e diretor no Centro de Estudos em Crescimento e Desenvolvimento Econômico da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Castello Branco foi um dos principais responsáveis pela recuperação da Petrobras após a hecatombe lulopetista que saqueou e destruiu os cofres da empresa. A demissão foi motivada pela tentativa de Bolsonaro de intervir na política de preços dos combustíveis da companhia, exatamente como fez Dilma Rousseff, a genial estoquista de vento que quebrou o País.

Seu substituto será o general da reserva, Joaquim Silva e Luna, atual presidente da Usina Bi-Nacional de Itaipu, que tem como predicados uma pós-graduação em Política, Estratégia e Alta Administração do Exército pela Escola de Comando e Estado-Maior do Exército, e outra, pela Universidade de Brasília, em Projetos e Análise de Sistemas.

O marido da receptora de cheques de milicianos rasga mais uma de suas máscaras fajutas; a de liberal. Já havia rasgado outras; a de implacável combatente da corrupção, e a de político que não aceitaria o “toma lá dá cá”. Bolsonaro, assim como fez com Sergio Moro, e aniquilou a Lava Jato, agora avança sobre o eterno saco de pancadas, a Petrobras.

Se o novo general for tão competente, quanto é Eduardo Pazuello, o maníaco do tratamento precoce, é bom corrermos ao posto de gasolina mais próximo, pois só teremos álcool, diesel e gasolina daqui a uns 180 dias, no mínimo. Até lá, nós teremos que encher os tanques com cloroquina e ivermectina. Mas tudo bem! O Osmar Terra e o Olavo de Carvalho garantem que funciona. 

Sobre o autor

 Ricardo Kertzman, é blogueiro, colunista e contestador por natureza. Reza a lenda que, ao nascer, antes mesmo de chorar, reclamou do hospital, brigou com o obstetra e discutiu com a mãe. Seu temperamento impulsivo só não é maior que seu imenso bom coração. (IstoÉ)