CIDADE

Semana de ações e palestras sobre a prevenção do câncer de boca

Para promover um debate e apresentar projetos locais de intervenção sobre essa situação

Em 13/10/2014 Referência JCC

Anualmente, são detectadas em pacientes das unidades de saúde (US) de Vitória cerca de 30 lesões suspeitas de câncer na região bucal, sendo que, dessas, dois casos são confirmados. O índice de mortalidade por câncer bucal no município é de 15 pacientes por ano.

Esses dados apontam para a necessidade de intervir de modo a ampliar a detecção precoce e o encaminhamento para o tratamento, além do acompanhamento do paciente em todas as etapas, desde a suspeita até o desfecho do caso, contribuindo para a diminuição da mortalidade por essa doença.

Para promover um debate e apresentar projetos locais de intervenção sobre essa situação, profissionais da saúde se reunirão no auditório da Escola Técnica e de Formação Profissional de Saúde (Etsus-Vitória) nesta quinta-feira (16), das 8 às 12 horas, para a abertura da Semana de Prevenção ao Câncer de Boca.

A cirurgiã dentista da Universidade Federal do Espírito Santo Liliana Aparecida Pimenta de Barros e o médico cirurgião do Hospital Santa Rita José Roberto Vasconcelos de Podestá falarão sobre a doença e suas experiências na área.

Atividades

Até o dia 24, as unidades de saúde reforçarão as suas atividades na realização de consultas e exames, com a intenção de alertar os pacientes sobre a doença e realizar ações de prevenção, detecção precoce e monitoramento do câncer de boca em Vitória. Veja a programação.

"Os tumores de boca são de fácil acesso ao exame físico, dispensando ambiente e equipamentos sofisticados para serem examinados", disse a cirurgiã dentista da Secretaria Municipal de Saúde Verúscia Frizzera Musso.

Doença

A doença atinge diferentes áreas da boca, como lábios, mucosa bucal, gengivas, palato duro e língua. Mas a localização de maior incidência é a região dos lábios, seguida pela língua e o soalho de boca.

O câncer de boca está bem associado a fatores do paciente, como herança genética, sexo masculino e idade acima de 45 anos, e aos fatores externos, como tabagismo, consumo de bebida alcoólica, exposição solar excessiva, irritação crônica e exposição a agentes biológicos, como o vírus do papiloma humano (HPV)

Registros hospitalares da doença no Brasil mostram que a maioria dos pacientes chega aos hospitais com a doença já em fase avançada, quando o tratamento é mais mutilante, o prognóstico é pior e o tempo de sobrevida é menor. "As chances de cura do paciente dependem muito da sua qualidade de vida e da extensão da doença no momento do diagnóstico", conclui Verúscia Musso.

 

Fonte:PMV