CULTURA

Serra(ES) comemora 166 anos da Insurreição do Queimado.

A programação acontece entre quinta (19) e domingo (21).

Em 19/03/2015 Referência JCC

Nesta quinta-feira (19) tem início as comemorações dos 166 anos da Insurreição do Queimado, considerado por especialistas como o maior movimento contra a escravidão ocorrido no Espírito Santo. A programação começa com uma sessão solene na Câmara Municipal da Serra, às 18h30.

No sábado (21), às 20 horas, acontece a reinauguração da estátua de Chico Prego, que fica em Serra Sede, que foi restaurada.

E à meia-noite tem início a já tradicional Caminhada dos Zumbis Contemporâneos, em que os participante percorreram um trajeto de 18 Km, saindo da igreja Matriz de Serra Sede até as ruinas de São José do Queimado.

O trajeto é o caminho histórico trilhado pelos escravos que recolhiam materiais para a construção da Igreja.

Para participar o interessado pode se inscrever até o dia 19, conforme informações do link abaixo desta matéria.

As comemorações se encerram no domingo (22) quando ocorre a Celebração Afropopular Macroecumênica, nas ruinas do Queimado.  Os eventos são promovidos pela Prefeitura da Serra por meio da Secretaria de Direitos Humanos e Cidadania (Sedir). Os organizadores orientam os participantes a levar água, repelente e protetor solar.

A história

A Insurreição de São José do Queimado é considerada por especialistas como o principal movimento contra a escravidão ocorrido no Espírito Santo. O fato aconteceu em 19 de março de 1849, quando houve a revolta - segundo pesquisadores, por conta de uma promessa não concretizada de liberdade, feita pelo frei italiano Gregório José Maria de Bene aos escravos da localidade de São José do Queimado, hoje distrito da Serra.

Mais de 300 homens, mulheres e até crianças participaram desta rebelião que foi liderada por Chico Prego, João da Viúva, Elisiário e muitos outros líderes que articularam seu povo para tomar a liberdade com as próprias mãos. Os rebelados foram presos e julgados, cinco deles condenados à morte. Um dos líderes da Revolta, Elisiário, escapou da cadeia e refugiou-se nas matas do Morro do Mestre Álvaro e nunca mais foi recapturado. Chico Prego foi capturado e enforcado, em 11 de janeiro de 1850.  Hoje, nomeia a Lei de Incentivo Cultural do Município.

Fonte:PMS