NEGÓCIOS

TAM espera pequena redução da demanda nos Jogos Olímpicos 2016,

A estimativa é da presidente executiva da TAM, Cláudia Sender.

Em 29/06/2015 Referência JCC

Os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro deverão gerar um impacto menor que o observado durante a Copa de 2014 na demanda de passagens aéreas, de acordo com previsão da presidente executiva da TAM, Cláudia Sender. "Nossa expectativa é diferente (para a Olimpíada do que foi para a Copa). Pode ter um movimento um pouco menor em relação a um mês típico de agosto, mas como tem muitos eventos, espaçados durante um período de tempo longo, não acredito que o impacto vai ser tão forte como foi na Copa", afirmou. Ela lembrou que, pelo fato de a Olimpíada ser realizada quase em sua totalidade no Rio, a complexidade da operação será menor. Claudia não revelou, no entanto, estimativas precisas. Na Copa, a demanda por passagens aéreas da companhia recuou aproximadamente 5%.

A executiva lembrou, porém, que algumas competições vão requerer fechamento do aeroporto Santos Dumont, como a de vela, o que deve interferir na malha aérea da TAM e das demais companhias que operam lá. "Nosso pleito é para que se saiba o quanto antes a que horas e data vão acontecer as competições para que possamos fazer as alterações necessárias", acrescentou.

A TAM anunciou nesta segunda-feira, 29, a assinatura de um contrato de apoio aos Jogos Olímpicos Rio 2016 por meio do qual a companhia se torna a linha aérea oficial do evento e se responsabiliza pelo transporte do staff do Comitê Organizador dos Jogos Rio 2016 durante o período de preparação e competições dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos. Já sua operadora de turismo, a TAM Viagens, será a responsável pelo Programa Nacional de Hospitalidade e Viagens dos Jogos Olímpicos, oferecendo roteiros com exclusividade dentro do Brasil que podem abranger desde o transporte aéreo à hospedagem, transfers e ingressos para as competições .A TAM também será a companhia aérea oficial responsável pelo transporte da Tocha Olímpica Rio 2016, que partirá da Grécia e passará por várias cidades brasileiras até chegar ao Rio de Janeiro.

A companhia não informou o valor do investimento, "por força contratual" e estratégia do grupo. Mas o diretor de Marketing, Eduardo Costa, sinalizou que o montante é superior ao que vem sendo investido pela companhia na plataforma esportiva e deve ser o evento com o maior investimento em 2016, embora a TAM planeje anunciar outras iniciativas de marketing no ano que vem.

Questionada sobre o retorno esperado com o patrocínio inclusive em termos de atração de passageiros, tendo em vista sua posição de transportadora oficial durante a competição, ela disse que ainda não foram feitas essas estimativas, mas salientou que se trata de um investimento para o longo prazo. "Londres, no ano da Olimpíada, não teve necessariamente crescimento de demanda, ou um impacto forte no momento, mas no ano seguinte a visita de turistas explodiu, então eu realmente acredito que a sequência Copa do Mundo e Olimpíada sediados no nosso País é um investimento de longo prazo, pode estimular a vinda de mais estrangeiros", disse.

Marca

O investimento ocorre em um momento de provável mudança da marca. Há mais de um ano, o Grupo Latam estuda unificar as marcas de suas companhias aéreas - LAN e TAM. Inicialmente o grupo previa anunciar a nova marca neste início de 2015, mas a decisão atrasou. Ainda não há uma data oficial para o anúncio. Rumores de mercado indicam que isso ocorreria no prazo de um ou dois meses.

Claudia disse apenas que o anúncio deve ocorrer antes dos Jogos Olímpicos e explicou que, mesmo assim, a marca TAM estará presente durante a competição. A executiva salientou que independente da mudança de marca, a companhia se beneficiará do apoio oficial ao evento esportivo porque o patrocínio reforça o relacionamento com o público brasileiro. "Independente de qual seja a mudança, a companhia carregará esse legado", disse.

TAM/Istoé