CIDADE

Taxistas protestam contra decisão que libera Uber no Rio.

Concentração começou por volta de 10h nas proximidades de aeroporto.

Em 20/10/2015 Referência JCC

Taxistas do Rio começaram uma carreata às 11h35 desta terça-feira (20) contra uma decisão da Justiça que suspende a lei aprovada na Câmara e sancionada pelo prefeito Eduardo Paes que impedia a circulação de Uber na cidade. Por volta das 13h, os motoristas dispersaram após entregar documento ao Tribunal de Justiça contra a decisão que autoriza a operação do aplicativo Uber na cidade.

"É um ato de repúdio à decisão (da Justiça). Respeitamos a livre iniciativa constitucional, mas que a empresa use profissionais regulamentados. A empresa sequer tem um alvará é um contrassenso", reclama André de Oliveira, um dos organizadores do ato.

Às 11h45, a carreata seguia para Copacabana, pelo Aterro. Duas faixas estavam bloqueadas. O G1 flagrou o momento em que um taxista soltou um rojão, como mostra a foto abaixo. Segundo o Centro de Operações da Prefeitura, até 12h, o trânsito não sofreu impactos significativos.

Durante a concentração, os taxistas que passavam pelo local de concentração eram convocados pelos ativistas para seguir uma carreata. Um deles recusou e disse que "precisava trabalhar". "Daqui a pouco não vai ter trabalho mais para você", respondeu outro. Os taxistas mantinham o bom humor e faziam brincadeiras uns com os outros, exceto quando algum carro preto passava.

"Quebra, taça fogo", alguns diziam. A concentração do ato, no Aeroporto Santos Dumont, Centro do Rio, foi acompanhada por policiais militares e guardas municipais. 

Em liminar, juíza ataca proibição
A liminar não só permite que os carros circulem, como prevê uma pena de R$ 50 mil às autoridades que tentem multa-los.

A decisão da juíza Mônica Ribeiro Teixeira, da 6ª Vara de Fazenda Pública, foi publicada no último dia 8 e fez duras críticas às restrições impostas ao aplicativo. No texto, a juíza ataca o projeto, dizendo que é um "exemplo lastimável" de como os poderes Executivo e Legislativo "curvam-se à pressão" de grupos e agem contra os interesses do povo.

"Assim, pretendem a Câmara Municipal e o Prefeito sinalizar que nenhuma inovação é bem vinda se acompanhada da destruição de privilégios, retirando da sociedade a prerrogativa de trilhar (...) o caminho do progresso", escreveu.

Fonte: G1