SAÚDE

Tecnologias reduzem sequelas do tratamento de câncer de próstata

Podem reduzir incontinência urinária para 2% e 86% recuperaram a função sexual.

Em 07/05/2019 Referência JCC, Mariana Guedes

Divulgação

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), 60 mil casos de câncer de próstata foram diagnosticados no Brasil no último ano. Esse tipo de câncer é um dos mais comuns nos homens. Segundo o Dr. Rafael Coelho, uro-oncologista e cirurgião robótico do Hospital 9 de Julho, com a evolução da tecnologia, o câncer de próstata pode ser tratado com mais assertividade e menor risco de efeitos colaterais como a cirurgia robótica e a Hifu, ultrassonografia de alta intensidade.

O câncer de próstata é uma doença silenciosa e a detecção precoce é a chave para a definição do tratamento mais adequado e, em geral, com melhores resultados. diminuir  os riscos de impotência sexual e incontinência urinária. O Dr. Coelho explica as duas principais formas tecnológicas de tratamento:

Cirurgia robótica: Normalmente, a indicação é a remoção do tumor. O procedimento, antes feito por cirurgia aberta ou laparoscópica, já pode ser feito por  robótica. A técnica reduz o tempo de recuperação e os riscos de sangramento. O procedimento é feito pelo cirurgião que comanda os braços de um “robô” a partir de um console como em um “videogame”.

Com a tecnologia, é possível ter visão tridimensional do campo cirúrgico. As pinças que ficam nos braços do robô são extremamente pequenas facilitando o acesso a microestruturas. O Dr. Coelho explica que, com a evolução da cirurgia robótica, ele e sua equipe desenvolveram uma abordagem que reduz os casos de incontinência urinária nos pacientes para 2% e a maioria conseguiu recuperar a função sexual (86%).

Ultrassonografia  de alta intensidade (HIFU): É um equipamento que também  mostra imagens tridimensionais da próstata, mas permite a destruição do tumor por meio de energia térmica, preservando as áreas sadias da glândula. Para o paciente, o procedimento é minimamente invasivo, permitindo alta hospitalar no mesmo dia e reduzindo os efeitos colaterais como incontinência e impotência. “O tratamento é inovador e fomos uma das primeiras instituições a fazer o procedimento” explica o médico.

O paciente passa por anestesia geral e, com a ajuda de imagens de ressonância magnética previamente realizadas, o cirurgião delimita as regiões da próstata a serem tratadas.

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Muitos homens, por preconceito e desconhecimento, têm medo de fazer os exames periódicos, mas o acompanhamento frequente é a melhor arma no combate à doença que, na fase inicial, não apresenta sintomas. O diagnóstico do câncer de próstata é feito por exames de dosagem do Antígeno Prostático Específico (PSA), moléculas que, em alta dosagem no organismo, podem indicar câncer de próstata e, principalmente, o exame de toque retal. O Dr. Coelho recomenda que os exames são feitos periodicamente a partir dos 50 anos. “Para casos em que existe histórico familiar da doença, o acompanhamento deve começar mais cedo, mas deve ser avaliado pelo médico” conclui o especialista.