POLÍTICA INTERNACIONAL

Trump viaja à Escócia em plena votação do "Brexit".

Magnata vai à cerimônia de reabertura do campo de golfe Trump Turnberry.

Em 23/06/2016 Referência JCC

Donald Trump realiza sua primeira viagem ao exterior, desde que se tornou o virtual candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, para a Escócia, nesta sexta-feira (24), no momento em que os britânicos decidem em plebiscito se permanecem na União Europeia (UE).

O magnata assistirá à cerimônia de reabertura do campo de golfe Trump Turnberry no mesmo dia em que os britânicos conhecerão o resultado da consulta popular, que ocorre nesta quinta-feira (23).

Em meio à intensa campanha do primeiro-ministro britânico, David Cameron, pela manutenção do Reino Unido no bloco europeu, Trump defendeu a saída da UE. Ele fez a ressalva de não ter analisado detalhadamente a questão, mas disse sentir que Londres deveria abandonar a UE.

O republicano foi pintado beijando a boca Boris Johnson, ex-prefeito de Londres, em mural na cidade britânica de Bristol. A pintura faz parte de uma campanha para que os britânicos participarem do referendo. Intitulada "O beijo da morte", a imagem foi feita pela organização "We Are Europe" ("Nós Somos a Europa"), que é contrária à proposta conhecida como "Brexit".

O magnata tem chocado britânicos e europeus com sua verborragia, insultos e polêmicos ataques contra grupos étnicos e religiosos. Cameron chegou a qualificoar de "estúpidas" as propostas de Trump para os muçulmanos (de proibir a entrada deles nos EUA).

A viagem de Trump lembra a do então virtual candidato democrata à Casa Branca, Barack Obama, à Alemanha em julho de 2008. Mas representa o seu oposto. Enquanto Obama prometeu acabar com a era de divisão que marcou seu antecessor, George W. Bush, e cortejou a unidade europeia, Trump tem se mostrado duro com o velho continente.

Em dezembro, o magnata criticou os "dirigentes fracos" da região. Após os atentados de Bruxelas, advertiu para "os gravíssimos" problemas da Europa em enfrentar o terrorismo. Na quarta, considerou que a crise dos imigrantes na Europa uma "desordem"

Fonte: France Presse