SAÚDE

Unesp coordena projeto sobre doenças não transmissíveis

A proposta prevê a capacitação de profissionais da saúde e análise situacional dos municípios.

Em 11/12/2020 Referência CCNEWS, Redação Multimídia

Foto: Divulgação

66 cidades de SP receberão ações no combate à obesidade, hipertensão e diabetes

Obesidade, hipertensão e diabetes são Doenças Crônicas Não Transmissíveis e que estão associadas a 72% das causas de mortes no Brasil e 64 % no estado de São Paulo. Elas avançam quase que silenciosamente por alguns fatores (sedentarismo, má alimentação, tabagismo e uso abusivo de álcool) e impactam diretamente a saúde pública, representando 75% dos gastos no SUS.

Diante deste contexto, a Profª Maria Rita Marques, do Instituto de Biociências da Unesp Botucatu, coordena um projeto que acaba de ser aprovado pelo CNPq, junto ao Ministério da Saúde, e que irá abranger 66 municípios (10,2%) do Estado de São Paulo. Integrará ensino, pesquisa e extensão com o propósito de transformar as práticas de gestão, promoção da saúde, prevenção e cuidado da obesidade, hipertensão arterial sistêmica e diabetes.

Dados oficiais da Saúde

Os municípios que participarão do projeto foram selecionados com base em dados oficiais da Saúde, que observam índices como prevalência de excesso de peso e mortalidade prematura por hipertensão e diabetes na população. Foram também considerados o grau de urbanização e a tipologia dos municípios em termos de representatividade proporcional à configuração do Estado.

A proposta prevê, no período de três anos, a capacitação de profissionais e gestores da saúde, análise situacional dos municípios, além de produção de conteúdos sobre o tema direcionados ao público em geral e acadêmico. A equipe executora do trabalho será formada por profissionais de Nutrição, Medicina, Enfermagem, além de professores e pesquisadores de várias unidades da Unesp, vinculados ao INTERSSAN (Centro de Ciência, Tecnologia em Segurança Alimentar e Nutricional), com sede em Botucatu.

“Queremos identificar, em cada uma dessas 66 cidades, profissionais com habilidade para promoção de mudanças e ajustes em sua rede de trabalho. A inserção das práticas acadêmicas no território não só promoverá e fortalecerá as ações de promoção da saúde e prevenção e cuidados das DCNTs na atenção básica, como também qualificará o processo de ensino”, argumenta Maria Rita.“Não só a alimentação, mas o cuidado com a saúde, tem sido colocado em evidência frente à atual crise sanitária provocada pela COVID-19. Essa crise trouxe e certamente continuará trazendo demandas para as abordagens de saúde, incluindo o enfrentamento das doenças crônicas”, complementa. (Com informações da UNESP)