NEGÓCIOS

Usinas poderão subir preços de aço plano no Brasil em outubro

Estima o presidente da entidade que representa distribuidores, Inda, Carlos Loureiro.

Em 18/08/2020 Referência CCNEWS, Redação Multimídia

Foto: Reprodução/sicetel-abimeta

A expectativa da entidade é que as vendas dos distribuidores de aços planos no Brasil em 2020 tenham alta de um dígito baixo sobre 2019, disse Loureiro.

Os produtores de aços planos no Brasil poderão voltar a elevar preços da liga em outubro, após reajustes de 10% em média entre agosto e setembro, se o atual cenário de oferta e demanda e de câmbio se mantiver, disse nesta terça-feira (18) o presidente da entidade que representa distribuidores, Inda, Carlos Loureiro.

Segundo ele, o “prêmio”, a diferença de preço do aço vendido no Brasil e o importado, está perto do zero e a produção das usinas, que religaram recentemente fornos paralisados pela pandemia, não está conseguindo atender à demanda imediata.

“Mantido o atual panorama de preços lá fora...E mantido o dólar como está, poderá haver um novo aumento em outubro”, acrescentou. Ele comentou que as usinas precisam de 20 a 30 dias para que seus altos fornos religados voltem a operar plenamente, enquanto a demanda por aço de setores como construção civil, energia eólica, equipamentos rodoviários e máquinas agrícolas, além de eletrodomésticos “está muito alta”.

Em julho, as vendas dos distribuidores de aço subiram 18,4% ante junho, para 344 mil toneladas. Na comparação com julho de 2019, as vendas subiram 19,4%, segundo o Inda. As compras dos distribuidores subiram 6,6% ante junho e 14,5% na comparação anual, para 316,7 mil toneladas.

Estoques

Os estoques dos distribuidores terminaram julho em 828,2 mil toneladas, queda de 3,2% ante junho e volume suficiente para 2,4 meses de vendas. Historicamente, o nível dos estoques é baixo, segundo o Inda.

A expectativa da entidade é que as vendas dos distribuidores de aços planos no Brasil em 2020 tenham alta de um dígito baixo sobre 2019, disse Loureiro. Para agosto, a previsão é de alta de 5% sobre o mês anterior.

“Se pegar as vendas de agosto, estamos praticamente zero a zero (acumulado do ano ante 2019). Como para frente esperamos um setembro e outubro bastante fortes (em vendas), isso faz com que imaginemos fechar com um dígito baixo ano a conta ano”, disse o presidente do Inda.(Reuters)