SAÚDE

Uso excessivo de celular pode causar artrose nas mãos

De acordo com o CDC) dos EUS, 40% da população mundial tem ou terá osteoartrite.

Em 18/10/2020 Referência CCNEWS, Redação Multimídia

Foto: Divulgação

Quatro em cada dez pessoas terão esse problema. Doença normalmente associada à idade avançada, pode se manifestar muito cedo, causando dores e limitações motoras.

A artrose nas mãos começa com uma sensação de que as juntas dos dedos estão ressecadas, como se estivessem travadas ou até mesmo um pouco inchadas e se nada for feito, com o tempo vem a dor. É o que explica o fisioterapeuta e diretor clínico do ITC Vertebral e do Instituto Trata, Bernardo Sampaio. De acordo com o profissional essa doença provoca o desgaste das articulações das mãos e assim, aumenta o atrito entre os ossos, que acaba causando dor, dificuldade para realizar movimentos simples no dia a dia, como segurar objetos ou escrever, e nos casos mais avançados, a formação de nódulos duros nos dedos, provocando deformações. 

De acordo com o Centro de controles e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos, 40% da população mundial tem ou terá osteoartrite – o termo mais usado pelos médicos – entre os dedos e o punho. É muita gente. 

“Essa doença pode ser bastante limitante, principalmente quando atinge as duas mãos, e é mais comum em idosos e em mulheres na menopausa, devido ao envelhecimento da cartilagem. Além disso, ela também pode acometer pessoas que realizam atividades que exijam frequentemente as articulações das mãos, como o trabalho doméstico, por exemplo”, pontua o especialista que também explica que doenças inflamatórias, autoimunes ou genéticas também podem favorecer a rigidez das mãos, resultando em artrose.

 Mas em tempos de era digital, não é incomum ver essa patologia em pessoas jovens, já que essa doença também está associada ao uso excessivo de celular ou computador. Ainda segundo o fisioterapeuta tanto o diagnóstico, quanto o tratamento inicial, é clínico, feito através de medicamentos anti-inflamatórios, analgésicos, imobilização e reabilitação.

“Medicamentos protetores de cartilagem também podem retardar o processo de desgaste e consequentemente diminuir a dor”,explica.

Em casos mais avançados é melhor que seja realizada uma intervenção cirúrgica, cujo método depende da articulação envolvida e também do grau da artrose como terapia a laser, exercícios e massagens fisioterapêuticas.

“O objetivo principal é fortalecer os músculos ao redor dessas articulações. Geralmente, são indicados exercícios leves e de baixa intensidade. Vale destacar que a fisioterapia deve ser associada com outros métodos para complementar o tratamento”, finaliza Bernardo Sampaio.

Sobre

Bernardo Sampaio, é fisioterapeuta (Crefito: 125.811-F), diretor regional da Associação Brasileira de reabilitação de coluna - ABR Coluna e diretor clínico do ITC Vertebral e do Instituto Trata, de Guarulhos. (Por VitóriaNascimento)