SAÚDE

Verão chama atenção para o câncer de pele.

Somente no ano de 2016, foram esperados mais de 170 mil novos casos de câncer de pele.

Em 04/01/2017 Referência JCC

O verão é a época onde muita gente passa os dias na praia, piscina, expostos ao sol durante muitas horas aproveitando as férias. Por mais que a temporada seja esperada pela maioria das pessoas e tenha suas inúmeras vantagens, é necessário estar atento a alguns riscos que o sol pode causar, incluindo o câncer de pele.

Segundo dados recentes do Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer de pele não melanoma representa 30% do total de casos no Brasil, sendo o tipo com maior incidência no país. Somente no ano de 2016, foram esperados mais de 94 mil novos casos do tumor nas mulheres, e mais de 80 mil nos homens.

A oncologista da Medquimheo Layla Torres alerta que a temporada é sinônimo de diversão, mas também de perigo para a pele. "O principal fator de risco evitável para o câncer de pele é a exposição à radiação ultravioleta proveniente do sol. O câncer de pele melanoma é o mais perigoso e pode levar à morte, entretanto o mais comum é o câncer de pele não melanoma", detalha.

Prevenção

Os protetores solares são utilizados para proteger a pele dos efeitos que essas radiações causam e, além disso, contribuem para diminuir o risco da doença. Itens como camisas, óculos escuros, bonés e barracas são fundamentais no verão.

A profissional orienta, ainda, que é necessário estar atento ao fator do protetor solar. O recomendado é protetor de amplo espectro de proteção, como radiações UVA e UVB. “Eles precisam ser, também, resistentes à água e conter combinação de filtros minerais, como óxido de zinco e dióxido de titânio”, explica.

Autoexame

Examinar a pele periodicamente é uma maneira simples e fácil de detectar precocemente o câncer de pele. Uma das dicas da oncologista é utilizar a ajuda de um espelho. “Com o espelho dá para enxergar áreas que ficam expostas, como atrás das orelhas, a sola dos pés, as costas e as axilas. É importante observar se há manchas que coçam, descamam ou sangram. Pintas que mudaram de tamanho, forma ou cor também podem ser sintomas”, orienta.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico é feito por exame clínico, além da avaliação mais detalhada com dermatoscópio (microscópico de superfície). Biópsias parciais ou totais das lesões são necessárias em casos suspeitos, como feridas e nódulos.

O tratamento mais indicado para o câncer de pele não melanoma é a cirurgia para retirada do tumor e o máximo de células cancerígenas possíveis. A quimioterapia ou radioterapia é indicada apenas quando a doença está numa fase muito avançada. Já para o tumor mais maligno, o melanoma, é necessário esses tratamentos e a utilização de remédios que ajudam a fortalecer o sistema imune.'

Por Jamile Carvalho