NEGÓCIOS

Setor de petróleo e gás vai receber projetos de R$ 8,8 bilhões

O Anuário da Indústria do Petróleo e Gás Natural no Espírito Santo foi lançado em Vitória.

Em 25/04/2023 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Foto: Hélio Filho-Secom/ES

Segundo o estudo, serão realizados projetos no Espírito Santo, envolvendo principalmente as empresas PRio, Petrobras, Shell e Seacrest Petróleo.

  

A Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo (Findes) lançou ontem (24), em evento realizado no Palácio Anchieta, Vitória, a 6ª edição do Anuário da Indústria do Petróleo e Gás Natural no Estado. O documento reúne os mais importantes dados e análises do setor, além de apresentar uma projeção da produção de óleo e gás até 2027.    

Segundo o estudo, serão realizados projetos no Espírito Santo, envolvendo principalmente as empresas PRio, Petrobras, Shell e Seacrest Petróleo. Juntos, eles totalizam R$ 8,8 bilhões. O destaque é o projeto Integrado do Parque das Baleias (IPB), que pretende instalar a FPSO Maria Quitéria no campo de Jubarte, localizado no Litoral Sul Capixaba.

O governador do Espírito Santo, lembra que o setor de petróleo e gás natural é de fundamental importância para o nosso Estado, representando 20% da economia capixaba.  

“Temos investimentos públicos e privados que vão ajudar no desenvolvimento das regiões, como o recém-inaugurado gasoduto Linhares, da ES Gás, que fez a interligação da rede de distribuição urbana do município à estrutura de transporte de gás, e o gasoduto ligando São Mateus até próximo de uma indústria de caminhões, mais ao norte do município. Esses são alguns exemplos de ações que estamos acompanhando, entregando e planejando para que o setor possa gerar mais emprego e renda para os capixabas, além de abrir mais oportunidades para nossas empresas", comenta Casagrande.

O vice-governador e secretário de Estado de Desenvolvimento, Ricardo Ferraço, disse que o documento tem por objetivo reunir dados e informações sobre o setor, bem como prover uma análise para que o segmento seja capaz de subsidiar novos investimentos.

“O Estado tem particularidades diferenciadas de modelos de produção que ampliam o leque de exploração. Temos um portfólio que reúne grandes empresas, empresas globais e empresas de menor porte que estão adotando o Espírito Santo para desenvolverem suas atividades e modelos de negócios. Essa variedade é muito positiva. A privatização de campos da Petrobras é uma realidade promissora, que vai permitir ampliar produção e ocupar uma capacidade ociosa. Geração de riqueza que serão retomadas e de oportunidades de trabalho”.

A presidente da Federação, Cris Samorini, afirmou que o Anuário é uma importante ferramenta para traçar um raio-x de um dos principais segmentos econômicos do Estado. Além disso, antecipa cenários e apresenta projeções fundamentais para entendermos para onde caminha o segmento de petróleo e gás natural, o que contribui para o desenvolvimento do Estado.  

“Se formos estratégicos e fizermos um planejamento conjunto – e o Anuário é uma ferramenta muito rica nesse processo – conseguiremos extrair o que o setor tem de melhor hoje, para gerar empregos, renda, atrair mais negócios que diversifiquem as nossas atividades e nos referenciem para o mundo. Hoje, o setor representa 4,6% do PIB capixaba, tendo uma cadeia produtiva composta por mais de mais de 520 indústrias, responsáveis pela manutenção de 12 mil empregos diretos”, aponta a industrial.

Investimentos

Pelo caminho do setor de petróleo e gás no Estado estão diversos investimentos que somarão R$ 8,8 bilhões até 2027. Entre os projetos em destaque está o Integrado do Parque das Baleias (IPB). A economista-chefe da Findes e gerente executiva do Observatório da Indústria, Marília Silva, aponta que ele vai contribuir para aumentar o fator de recuperação de óleo e gás por meio da otimização da atual malha de drenagem, com a interligação de uma nova FPSO (navio-plataforma).  

Para além deste investimento, destacam-se, ainda, anúncios de petroleiras e outras empresas que estão interessadas em agregar novas áreas em seus portfólios ou expandir suas atividades no ES. A tabela abaixo apresenta os principais projetos levantados pelo Observatório da Indústria.

Descomissionamento

Há ainda previsto para o Estado, em um horizonte um pouco mais próximo (até 2026), 18 Programas de Descomissionamento de Instalações (PDI’s) aprovados, sendo que 17 deles são referentes à Bacia do Espírito Santo (todos em terra) e um referente à Bacia de Campos em confrontação com o Estado, a FPSO Capixaba.  

A gerente de Ambiente de Negócios do Observatório da Indústria da Findes, Gabriela Vichi, explica que o descomissionamento de instalações é a destinação segura das estruturas de exploração e produção de petróleo e gás natural após o término de sua fase produtiva.

Para o Espírito Santo, entre 2022 e 2026, o descomissionamento de 751 poços gerará R$ 2,45 bilhões em investimentos no mesmo período, sendo R$ 781,2 milhões na Bacia de Campos e outros 1,66 bilhão na Bacia do Espírito Santo. (Com informações da Findes e GovES)

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