ECONOMIA NACIONAL

Banco Mundial eleva expectativa de crescimento econômico

O Banco Mundial divulgou, hoje (6), que a economia brasileira deve crescer 5,3% em 2021.

Em 06/10/2021 Referência CCNEWS, Redação Multimídia

Foto: © Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Apesar da melhora em relação aos últimos meses, a perspectiva de crescimento da economia brasileira ficou aquém da projeção para o conjunto dos países latino-americanos e caribenhos, que o Banco Mundial estima que devem crescer, em média, 6,3% este ano.

O Banco Mundial divulgou, hoje (6), que a economia brasileira deve crescer 5,3% em 2021. Uma estimativa mais otimista que os 4,5% de incremento que a instituição projetava para o país em junho deste ano.

“A economia brasileira melhorou muito e, provavelmente, [o crescimento] chegará a 5,3% este ano”, declarou o economista-chefe do Banco Mundial para a América Latina e Caribe William Maloney, que também lembrou que, em 2020, a atividade econômica no Brasil recuou 4,1%.

“É importante enfatizar que a região, de modo geral, e incluindo o Brasil, já não tinha um bom desempenho antes da crise”, acrescentou o economista-chefe ao destacar que incertezas políticas são capazes de afetar os investimentos e, consequentemente, o crescimento econômico de qualquer nação.

Apesar da melhora em relação aos últimos meses, a perspectiva de crescimento da economia brasileira ficou aquém da projeção para o conjunto dos países latino-americanos e caribenhos, que o Banco Mundial estima que devem crescer, em média, 6,3% este ano – graças, principalmente, à aceleração da vacinação contra o novo coronavírus e à queda das mortes por covid-19.

Já em 2022 e em 2023, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro deve avançar, respectivamente, 1,7% e 2,5% - percentuais também menores que as expectativas para toda a América Latina e Caribe, que a instituição estima que crescerá 2,8%, em 2022, e 2,6%, em 2023.

“Precisamos nos concentrar nos problemas estruturais de longo prazo. Além de reduzir as incertezas no curto prazo”, propôs Maloney ao detalhar o relatório semestral em que o Banco Mundial apresenta um panorama econômico de toda a região, com ênfase nas perspectivas pós-pandemia.

“A boa notícia é que, com o ritmo mais acelerado de vacinação e a redução do número de mortes pela covid-19, a região está pouco a pouco saindo da crise e voltando a crescer. Apesar disto, e mesmo com alguns setores emergentes, a recuperação ainda é mais fraca do que esperávamos. A projeção de crescimento regional de 6,3% é insuficiente para reverter a queda de 6,7% de 2020, reativar as economias e reduzir a pobreza. Há países crescendo mais, outros menos, mas, na média, ainda não estamos recuperando o que foi perdido”, comentou Maloney.

No relatório, o Banco Mundial afirma que, considerando a média regional, os índices de pobreza (medidos com base em uma renda domiciliar per capita de até US$ 5,50 por dia) aumentaram de 24% para 26,7% em toda a América Latina e Caribe. O que representa “o patamar mais alto em décadas”. Em parte devido aos “devastadores” custos sociais da pandemia.

“Os estudantes da região perderam de um a um ano e meio de aprendizado, e a queda no Índice de Desenvolvimento Humano [IDH] da ONU superou aquela verificada durante a crise financeira [global, de 2008]. Uma boa notícia é que a campanha de vacinação vem ganhando força nos últimos seis meses e, embora ainda esteja longe dos índices almejados, já tem gerado uma redução nas mortes por covid-19 na maioria dos países”, enfatiza o relatório.

Para o Banco Mundial, além de vacinar a população para evitar o surgimento de variantes do novo coronavírus, o mundo deve conter a pressão inflacionária global e os elevados níveis de dívida do setor privado; dirimir eventuais incertezas a respeito da solidez do setor bancário e atentar para o crescente déficit orçamentário e para o aumento da dívida pública em função dos investimentos que os governos tiveram que assumir para proteger famílias e empresas durante a pandemia. (Por Alex Rodrigues/Agência Brasil)

Leia também:

Custo da cesta básica tem aumento em 11 capitais, diz Dieese
Produção de veículos sobe, mas a venda cai em setembro
Emergencia: Aneel aprova leilão para contratação de energia
Produção industrial do Brasil cai pelo terceiro mês seguido
Inflação atingiu maior nível em setembro, diz presidente do BC
Ministro defende usar reservas para capitalizar banco do Brics
Mercado financeiro eleva projeção da inflação para 8,51%
Confiança empresarial cai 2,5 pontos em setembro, diz FGV
Por falhas na gestão, tarifa de luz ficará mais cara até 2026
Ministro defende fortalecimento de relações com Oriente Médio
Brasil registra 1,4 milhão de novos negócios de maio a agosto

TAGS: 
BANCO MUNDIAL | PIB | ECONOMIA BRASILEIRA | COVID-19 | AMÉRICA LATINA