POLÍTICA NACIONAL

Dilma Rousseff participa da VII Cúpula das Américas no Panamá.

Encontro reúne chefes de Estado e de Governo de 35 países com participação histórica de Cuba e dos EUA.

Em 10/04/2015 Referência JCC

Nesta sexta-feira (10), a presidenta Dilma Rousseff cumpre uma série de compromissos internacionais por ocasião da VII Cúpula das Américas, que será realizada no Panamá. A presidenta fica no país até este sábado (11) e, além das atividades da cúpula, terá uma série de encontros bilaterais, inclusive com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.

Os chefes de Estado e de Governo de 35 países vão participar da primeira conferência hemisférica em que os líderes dos Estados Unidos e de Cuba sentarão à mesma mesa, desde a ruptura das relações diplomáticas há mais de 50 anos. 

Às 14h, no horário local do Panamá (duas horas a menos em relação a Brasília), a presidenta tem encontro bilateral com o presidente do México, Enrique Peña Nieto; às 14h30, participa de um painel durante o Foro Empresarial das Américas – Unindo as Américas: Integração Produtiva para o Desenvolvimento Inclusivo.

Em seguida, a presidenta tem encontro marcado com o presidente do Facebook, Mark Zuckerberg e com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, às 16h e 17h, respectivamente. Às 18h, Dilma tem encontro bilateral com o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos.

A cerimônia inaugural da VII Cúpula das Américas está prevista para iniciar às 19h, seguida de um jantar oferecido pelo presidente do Panamá, Juan Carlos Varela, aos chefes de Estado e de Governo participantes do encontro. 

Feriado declarado

A 7ª Cúpula das Américas deverá marcar o fim do último resquício da Guerra Fria na região, e o governo panamenho declarou feriado para esvaziar as ruas e garantir a segurança dos participantes.

O evento terá a presença do líder cubano, Raúl Castro, e do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama – que em dezembro deu um passo histórico ao reconhecer o fracasso de meio século de políticas norte-americanas para tentar isolar Cuba.

No momento em que os EUA estão dialogando com os cubanos para acabar com décadas de confronto (uma iniciativa aplaudida pelos governos regionais), há um novo foco de discussão: a Venezuela.

Os chanceleres que se reuniram nessa quinta-feira (9) para negociar a declaração conjunta dos presidentes não conseguiram chegar a um consenso: a ministra das Relações Exteriores da Venezuela, Delcy Rodriguez, queria incluir no documento condenação às sanções norte-americanas a sete altos funcionários venezuelanos.

Em março, Obama anunciou que ia bloquear as contas e os bens desse grupo de venezuelanos nos EUA, por considerar que estavam envolvidos em atos de corrupção ou de violações de direitos humanos. Para justificar essa punição, Obama declarou a Venezuela uma “ameaça à segurança” norte-americana.

A declaração de Obama foi duramente criticada na região e citada pelo presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, para obter do Congresso poderes especiais: ele poderá governar por decreto, até o fim do ano, para conter a “ameaça” norte-americana.

Nos últimos dias, altos funcionários norte-americanos moderaram o tom das críticas e asseguraram que a Venezuela de fato “não representa uma ameaça”. Maduro também disse que quer ter uma boa relação com os EUA, mas a chanceler venezuelana cobrou uma retificação, ou seja, a suspensão das sanções.

Na véspera da cúpula, houve polêmica entre governistas e oposicionistas, tanto venezuelanos quanto cubanos. A normalização das relações entre os EUA e Cuba depende de uma série de medidas – algumas das quais precisam passar pelo crivo da oposição republicana para aprovação no Congresso.

 Uma das principais reivindicações de Castro é a exclusão de Cuba da lista norte-americana de países que patrocinam o terrorismo. Os cubanos também querem a suspensão do bloqueio econômico e financeiro e uma indenização pelos danos sofridos no passado.

 Além da Cúpula das Américas, estão sendo realizados no Panamá fóruns paralelos de empresários, reitores de universidades e representantes da sociedade.

Fonte: Blog do Planalto com informações da Agência Brasil