ESPORTE INTERNACIONAL

Medina cai na semi e vê Mick Fanning levar o título.

Brasileiro fica em terceiro na sua bateria da semifinal e acaba eliminado.

Em 04/12/2015 Referência JCC

A menos de uma semana da etapa decisiva do Circuito Mundial, Gabriel Medina ficou fora da disputa do título do QS 10.000 de Sunset. Atual número 4 do mundo, o brasileiro acabou eliminado na semifinal nesta sexta-feira, quando ficou em terceiro em bateria vencida pelo australiano Matt Wilkinson - Julian Wilson avançou à decisão na segunda colocação. Rival de Medina na disputa do título do Circuito, Mick Fanning teve sorte melhor, uma vez que foi à final, e ainda ficou com o título ao vencer bateria, que contou também com o havaiano Jhon Jhon Florence e os australianos Matt Wilkinson e Julian Wilson. 

Medina competiu na bateria 2 da semi, que foi dominada do início ao fim por Matt Wilkinson. Logo de cara, o australiano levou um 6.67 e um 6.00, totalizando 12.67 pontos nos 15 primeiros minutos. Logo atrás de Wilkinson na classificação estava Julian Wilson, que surfou para um 4.67 e um 4.23. Precisando de 6.27 para virar, Medina ocupava a terceira colocação da bateria a sete minutos do fim. Arriscando-se mais, o brasileiro foi para o tudo ou nada nos instantes derradeiros, mas acabou não encontrando as melhores ondas. Para piorar ainda mais a situação, Wilkinson pegou um belo tubo, que lhe rendeu um 8.50, sacramentando a sua classificação à final ao lado do vice-líder Julian Wilson.

A bateria 1 da semifinal teve poucas ondas. Logo nos primeiros minutos, Conner Coffin surfou para um 6.00, que lhe deu a liderança sem ser ameaçado até os 10 minutos finais. Em desvantagem, Fanning tentou responder, mas achou apenas um 1.50 e um 0.50, suficientes para assumir a vice-liderança. A cinco minutos do fim, o australiano surfou para um 4.17, elevando a sua pontuação para 5.67. 

Só que, o número 1 do mundo não contava com o bom desempenho de John John Florence nos minutos derradeiros. Contando com a sorte, o havaiano "achou" um 4.43, seguido de um 5.47, que o levou à liderança, jogando Fanning para terceiro - Conner Coffin foi para o segundo lugar, com 9.10 de pontuação. Precisando de 4.94 para virar, o australiano foi para o tudo ou nada nas ondas finais. E onda salvadora veio nos segundos derradeiros: um 5.30, que levou Fanning para a segunda colocação da bateria, garantindo vaga na final.

Na decisão, quem saiu na frente foi Julian Wilson, que obteve um 9.47 com cinco minutos de bateria. Matt Wilkinson tratou de responder com um 4.33 e um 5.87, que lhe deram a vice-liderança. Para piorar ainda mais a situação do número 1 do mundo, Jhon Jhon Florence surfou para 6.67, jogando Fanning para a lanterna. Foi aí que brilhou a estrela do australiano. Mostrando toda a sua técnica, o líder do Circuito Mundial pegou um tubaço, que lhe rendeu um 9.87 e a liderança da bateria, com 15.20 pontos. A partir de então, coube a Fanning apenas administrar o resultado e saborear mais uma conquista na carreira.

Baterias da semifinal e final em sunset
 

Semifinal
1. John John Florence (HAV) 9.90 x Mick Fanning (AUS) 9.47 x Conner Coffin (EUA) 9.10 x Jack Robinson (AUS) 3.34
2. Matt Wilkinson (AUS) 15.17 x Julian Wilson (AUS) 10.90 x Gabriel Medina (BRA) 6.30 x Stuart Kennedy (AUS) 4.53

Final
1. Mick Fanning (AUS) 15.20 x Julian Wilson (AUS) 12.57 x John John Florence (HAV) 12.00 x Matt Wilkinson (AUS) 10.20

Mineirinho eliminado

Terceiro do ranking, Adriano de Souza, o Mineirinho, também estava na competição em Sunset, mas foi eliminado na terceira fase. Filipe Toledo, o Filipinho, segundo na classificação, optou por não competir na última parada do QS para ficar treinando com mais afinco na onda de Pipeline.

Também membro da elite, o potiguar Italo Ferreira foi eliminado na primeira bateria da quarta fase. Ele somou apenas 6,73 pontos e caiu no confronto vencido pelo havaiano John John Florence, com 17,17 pontos, e no qual o americano Conner Coffin ficou em segundo (11,90) e também avançou – o português Frederico Morais caiu, ao ficar em terceiro (8,43).

O ranking do QS classifica dez surfistas para a elite de 2016. Três brasileiros já asseguram as suas vagas através deles, sendo que dois deles serão estreantes no Circuito Mundial: os paulistas Caio Ibelli e Alex Ribeiro. O catarinense Alejo Muniz voltará ao grupo dos melhores do mundo após a ausência em 2014.

As chances de título mundial dos brasileiros
 

Filipe Toledo é campeão mundial em Pipeline se:
- Vencer a etapa
- for 2º, e Fanning e Mineirinho não vencerem
- for 3º, Fanning for no máximo 3º, e Mineirinho não vencer
- for 5º, Fanning for no máximo 5º, e Mineirinho 3º
- for 9º, Fanning for no máximo 9º, Mineirinho 5º, e Medina 2º
- for 13º, Fanning for no máximo 13º, Mineirinho 9º, e Medina e Owen 2º

Adriano de Souza é campeão mundial em Pipeline se:
- Vencer a etapa
- for 2º, Toledo for no máximo 5º, e Fanning 3º
- for 3º, Toledo for no máximo 9º, e Fanning 5º
- for 5º, Toledo for no máximo 13º, Fanning 9º, e Medina 2º
- for 9º, Toledo for no máximo 13º, Fanning 13º, e Medina e Owen 2º

Gabriel Medina é campeão mundial em Pipeline se:
- Vencer a etapa, Toledo for no máximo 9º, e Fanning e Adriano 5º
- for 2º, e Toledo, Fanning e Adriano forem no máximo 13º
- for 3º, e Toledo for 25º, e Fanning e Adriano, no máximo 13º

Fonte: GE