MEIO AMBIENTE

Plantação de pinheiros vira fonte de renda em áreas degradadas no ES.

Atividade é uma alternativa para produtores de café e criadores de gado.

Em 04/07/2016 Referência JCC

Produtores rurais das regiões Sul e Serrana do Espírito Santo passaram a receber incentivos do governo do estado para intensificar o plantio de pinus em áreas degradadas ou em consórcio com outras culturas, como o café e a pecuária. O pinus é uma espécie de pinheiro, de onde se extrai a goma-resina que gera produtos primários como o breu e a terebintina e a goma de mascar.

O breu é utilizado na produção de colas e na fabricação de papel, vernizes, tintas, adesivos e outros produtos. Já a terebintina é utilizada para a fabricação de cânfora, pomadas farmacêuticas, desodorantes, desinfetantes, inseticidas, tintas e corantes.

Atualmente, a área plantada de pinus no Espírito Santo é de cerca de 2,7 mil hectares, concentrada principalmente nos municípios de Conceição do Castelo, Brejetuba, Castelo, Domingos Martins e Muniz Freire.

Mas a secretaria de estado da Agricultura (Seag) também identificou solo e clima favoráveis nos municípios de Santa Maria do Jetibá, Marechal Floriano, Alfredo Chaves, Vargem Alta, Ibitirama, Irupi, Divino São Lourenço, Dores de Rio Preto, Guaçuí, Ibatiba, Iúna, Alegre e Iconha.

O reconhecimento das áreas favoráveis à atividade foi feito por meio de um zoneamento da região, que levou em consideração territórios com altitude entre 500 e 1,3 mil metros, onde as temperaturas são amenas e a deficiência hídrica é baixa.

Programa
O Pró-resina vem sendo implementado por meio de uma parceria da secretaria de estado da Agricultura com o Grupo Resinas Brasil e instituições como o Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar). Por meio do programa, o governo pretende ampliar em pelo menos 8 mil hectares a área plantada.

Segundo o coordenador de programas da Gerência de Agroecologia da Seag, Pedro Carvalho, além de proteger o solo, o plantio ajuda a sequestrar carbono e preservar nascentes. “É uma espécie que suporta áreas sem muita fertilidade, por isso gera sustentabilidade econômica na propriedade rural, principalmente àquelas que vivem da agricultura familiar”, destaca.

Ao ingressar na atividade, o agricultor terá acesso a sementes com alto rendimento na produção de resina e madeira, além de linhas de crédito especiais. As sementes melhoradas serão distribuídas a viveiros locais definidos pelo programa. A extração da goma-resina começa após o oitavo ano da planta, e o corte da madeira pode ser feito após 21 anos.

Fonte: g1-ES