ECONOMIA NACIONAL

Preços ao produtor voltam a subir após 5 quedas consecutivas

As indústrias extrativas avançaram 9,62% em janeiro em relação a dezembro de 2022.

Em 03/03/2023 Referência CCNEWS, Redação Multimídia

Foto: REUTERS/Shannon Stapleton

Em janeiro os setores avançaram, respectivamente, 5,30% e 0,48%, de queda de 1,06% e alta de 0,28% em dezembro.

Os preços ao produtor no Brasil começaram 2023 em alta, interrompendo uma sequência de cinco quedas consecutivas, com retomada da pressão nas indústrias extrativas, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira.

O Índice de Preços ao Produtor (IPP) avançou 0,29% em janeiro, ganhando fôlego ante queda de 1,26% em dezembro. A taxa marcou o menor resultado positivo desde setembro de 2021 (+0,25%), informou o IBGE, mas ainda assim interrompeu uma série de quedas que havia começado em agosto passado.

Nos 12 meses até janeiro, o índice acumulou alta de 2,24%. Em janeiro de 2022, essa taxa havia ficado em 1,20%.

“Há uma clara diferença entre as indústrias extrativas e as de transformação. Enquanto as de transformação continuaram com tendência de queda, as extrativas reverteram sete meses consecutivos de redução e tiveram a maior alta dentre todos os setores pesquisados”, explicou Murilo Alvim, analista do IPP.

As indústrias extrativas avançaram 9,62% em janeiro em relação a dezembro de 2022, no primeiro resultado positivo desde maio de 2022 (+12,55%) e representando impacto de 0,42 ponto percentual no índice geral.

“O minério de ferro foi o principal responsável por essa alta. A cotação do produto no mercado internacional foi afetada pela expectativa de um aumento na demanda, em consequência de uma possível recuperação econômica da China”, disse Alvim.

A segunda maior influência no resultado de janeiro, com impacto de -0,18 ponto percentual, foi a queda de 1,50% nos preços do setor de refino de petróleo e biocombustíveis, numa expressiva desaceleração em relação ao declínio de 5,48% de dezembro.

Em terceiro e quarto lugar no ranking de influência ficaram os segmentos de bebidas (0,12 ponto) e alimentos (0,12 ponto). Em janeiro os setores avançaram, respectivamente, 5,30% e 0,48%, de queda de 1,06% e alta de 0,28% em dezembro.

Entre as grandes categorias econômicas, os bens de capital recuaram 0,07% em janeiro, enquanto os bens intermediários subiram 0,35% e os bens de consumo avançaram 0,28%, informou o IBGE.(Por Luana Maria Benedito com informações de Reuters)

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