ECONOMIA NACIONAL

Prévia do PIB do Brasil recua 0,29% em fevereiro.

Analistas estimavam que o recuo seria de 0,56% no mês.

Em 22/04/2016 Referência JCC

A atividade econômica brasileira seguiu no vermelho em fevereiro, apresentando desempenho negativo pelo 14º mês consecutivo, segundo dados divulgados pelo Banco Central nesta sexta-feira, que corroboram o cenário de profunda recessão.

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), espécie de sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), caiu 0,29% em fevereiro na comparação com janeiro, em dados dessazonalizados. O índice teve desempenhos mensais negativos desde janeiro de 2015.

O indicador caiu 0,68% no primeiro mês do ano, em dado revisado pelo BC, comparado à queda de 0,61% divulgada anteriormente.

O desempenho de fevereiro foi melhor que o recuo de 0,56% estimado por analistas em pesquisa Reuters.

No mês de fevereiro, o varejo surpreendeu com alta de 1,2%, leitura mais alta desde julho de 2013, embalado pelas vendas de móveis e eletrodomésticos e de supermercados.

Entretanto, a produção industrial teve retração de 2,5% sobre janeiro, no pior resultado em pouco mais de dois anos, diante do quadro político e econômico conturbardo.

Contribuindo para o tombo da economia, o setor de serviços sofreu declínio de 4,0% em fevereiro sobre um ano antes, afetado sobretudo pela atividade de informação e comunicação. Foi o dado mais fraco para o mês desde o início da série história do IBGE, em 2012.

Segundo o BC, O IBC-Br caiu 6,52% sobre fevereiro de 2015 e acumulou queda de 4,75% no acumulado em 12 meses, sempre em números dessazonalizados. Economistas vêm sucessivamente revisando para baixo suas projeções para o PIB neste ano.

Na pesquisa Focus mais recente, realizada pelo BC com mais de uma centena de economistas, a estimativa era de queda de 3,8%, com expansão de apenas 0,20% em 2017.

Se confirmado um tombo desta magnitude neste ano, esta será a pior recessão em dois anos desde que os registros começaram, em 1901.

O IBC-Br incorpora projeções para a produção no setor de serviços, indústria e agropecuária, bem como o impacto dos impostos sobre os produtos.

 Matéria atualizada às 10h37

Fonte: Reuters