ECONOMIA CAPIXABA

Produção industrial do ES cresce 3,6% entre janeiro e maio

A alta foi impulsionada tanto pela indústria extrativa, quanto pela indústria de transformação. 

Em 13/07/2024 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Foto: Divulgação/Petrobras/(By FINDES)

Os dados compilados pelo Observatório da Indústria da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) fazem parte da pesquisa de Produção Industrial Mensal (PIM-PF) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica (IBGE), divulgada na sexta-feira (12). 

A produção industrial do ES cresceu 3,6% no acumulado entre os meses de janeiro e maio de 2024, na comparação com o mesmo período do ano passado. O resultado capixaba continua acima da média nacional (2,5%), sendo o sétimo maior entre os estados. A alta foi impulsionada tanto pela indústria extrativa, quanto pela indústria de transformação. 

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Os dados compilados pelo Observatório da Indústria da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) fazem parte da pesquisa de Produção Industrial Mensal (PIM-PF) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica (IBGE), divulgada na sexta-feira (12). 

De acordo com eles, o aumento da produção de pelotas de minério de ferro, de petróleo e de gás natural contribuíram para a indústria extrativa crescer 4,6% de janeiro a maio deste ano. No caso da indústria de transformação o avanço foi de 1,6% devido ao bom desempenho das atividades de metalurgia (3,6%), fabricação de produtos de minerais não metálicos (2,5%) e fabricação de produtos alimentícios (1,0%), já a produção de celulose e papel teve um recuo de 3,7% nesse período. 

O presidente em exercício da Findes, Paulo Baraona, comenta que apesar do resultado de janeiro a maio ser positivo, alguns desafios da indústria estão atrelados a condução da política monetária nacional e ao cenário internacional.  

Segundo Baraona, apesar dos cortes que vem tendo, a Selic precisa continuar sendo reduzida e com cortes maiores. Atualmente, a taxa básica de juros está em 10,50% ao ano. 

Crescimento 

A gerente executiva do Observatório da Indústria e economista-chefe da Findes, Marília Silva, explica que os avanços da produção capixaba ao longo dos cinco primeiros meses de 2024, na comparação com o mesmo período de 2023, contou com a contribuição tanto da indústria extrativa, quanto da de transformação. 

Na indústria extrativa o destaque ficou por conta da produção de petróleo e gás. O Espírito Santo produziu uma média de 172,9 mil barris de petróleo por dia nesse período, de acordo com os dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP). Marília aponta que essa produção foi 8,7% acima do que foi registrado no mesmo período do ano passado.   

Já com relação ao gás natural, o Espírito Santo alcançou a marca de 4,4 milhões de m³ por dia nos cinco primeiros meses do ano, crescimento de 12,9% na mesma base de comparação”, comenta a economista.  

Já no caso da indústria de transformação, segundo o economista, na metalurgia ocorreu aumento da produção de bobinas a quente de aço. 

A fabricação de produtos de minerais não-metálicos cresceu devido ao aumento de produção de pedras de construção trabalhadas e ladrilhos e outros produtos de cerâmica para pavimentação ou revestimento. O resultado positivo desse setor pode ser explicado, entre outros fatores, pelo aumento das vendas externas em 2024.   

No caso da fabricação de produtos alimentícios o destaque foi para proteína animal: suínos, bovinos e aves. Eles ressaltam que o Espírito Santo tem registrado aumento no número de abates e nas exportações de carne bovina, refletindo melhorias no manejo e investimentos no setor, conforme aponta a Secretaria de Estado de Agricultura (Seag).    

13,4% em 12 meses 

No acumulado em 12 meses até maio, comparado com o mesmo período anterior, a produção industrial do Espírito Santo cresceu 13,4%. Nesse período, a indústria extrativa foi a que teve o maior avanço (20,6%) impactada, principalmente, com os bons resultados da produção de petróleo e gás. 

Paulo Baraona destaca que a atuação das petroleiras independentes no Estado, a partir da política de desinvestimentos de ativos da Petrobras, é um dos motivos que explica o avanço do setor. 

A indústria da transformação também cresceu nesse período, mas em um ritmo menor (1,6%). Fabricação de celulose, papel e produtos de papel (9,9%), metalurgia (2%) e fabricação de produtos alimentícios (0,9%) foram os responsáveis pelo indicador positivo. (Por Siumara Gonçalves/AsImp)

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