POLÍTICA CAPIXABA

Rigor na investigação da tragédia em Aracruz, pede Lamas 

O deputado estadual Bruno Lamas (PSB), é presidente da Comissão de Educação da ALES.

Em 30/11/2022 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Foto: Reprodução/Circuito interno de segurança

O deputado Bruno Lamas, que preside a Comissão de Educação da Assembleia Legislativa, pediu julgamento rigoroso para autores da tragédia que levou à morte de três professoras e uma aluna, em duas escolas em Aracruz.

O presidente da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa, deputado estadual Bruno Lamas (PSB), pediu, em discurso realizado durante sessão de ontem (29) da Casa, um julgamento rigoroso para a tragédia que levou à morte de três professoras e uma aluna em duas escolas de Coqueiral de Aracruz, em Aracruz, e informou que a Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) investiga a participação de um segundo criminoso, que teria dado apoio ao adolescente de 16 anos que assumiu a autoria dos crimes. 

“Pedimos um julgamento rigoroso para os fatos porque a própria Sesp investiga a existência de um outro suspeito, que teria ajudado o adolescente”, declarou o deputado, sem dar mais detalhes.

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O ataque às duas escolas – uma estadual e outra particular – deixou ainda outras 12 pessoas feridas, sendo cinco delas em estado grave. Filho de um policial militar, o adolescente usou símbolos nazistas, o carro e as armas do pai – um revólver 38 e uma pistola ponto 40 – para cometer os crimes. 

“A minha reflexão hoje é: que tipo de criação esse adolescente recebeu? Quais valores humanos foram ensinados no lar pelos pais? Por que um pai treina um filho para praticar tiros? Por que permite o acesso à arma de fogo pelo adolescente? É preciso investigar a vestimenta, a ideologia que o pai defendia, voltada para o nazismo, e o impacto de tudo isso na comunidade escolar”, discursou Bruno. 

Para o parlamentar, trata-se de uma dura realidade que exige a reconstrução de políticas públicas que envolvem a educação e segurança pública no contexto escolar. 

“É um momento de muita reflexão, de solidariedade. Busco providências, num país que tem leis frouxas, onde o ódio tem protagonismo puxado por lideranças políticas. Mas também temos de fazer o nosso dever de casa. A segurança pública no contexto escolar passa a ser uma necessidade muito mais do que urgente”, disse. 

O deputado frisou que uma das escolas que foi palco da violência, a Primo Bitti, recebeu o Prêmio Sedu: Boas Práticas para Educação, na semana passada, como uma das três melhores do Estado.

“E, infelizmente, nós enxergamos do outro lado a cultura do ódio, uma liberação exagerada do uso de armas de fogo e um discurso de ódio que entristece uma Nação”, comparou.

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