SAÚDE

Prefeitura de Serra oferece tratamento contra a psoríase

A Secretaria de Saúde de Serra oferece, aos munícipes, o único ambulatório de psoríase do ES.

Em 27/12/2021 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Foto: Freepik

A psoríase é uma doença inflamatória crônica, não contagiosa, que se apresenta na pele com lesões descamativas e que podem causar coceira.

No calendário da Saúde, o último mês do ano também é conhecido como Dezembro Laranja. A campanha, criada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) com o objetivo de prevenir o câncer de pele. Pele, o maior órgão do corpo humano, onde podem aparecer diversas outras doenças. A psoríase é uma delas. Já ouviu falar?

É uma doença inflamatória crônica, não contagiosa, que se apresenta na pele com lesões descamativas e que podem causar coceira. Segundo a dermatologista da Prefeitura de Serra, Cristiani Banhos Ferreira, apesar de muitos ainda acharem, a psoríase não é uma doença estética e tem fatores que agravam a doença em indivíduos geneticamente predispostos como estresse, tabagismo e alguns medicamentos utilizados para tratamento de outras doenças, entre outros fatores.

“Até infecções como as causadas pela Covid-19, dengue e chikungunya podem agravar a psoríase ou induzir o seu aparecimento em indivíduos predispostos”, explicou a dermatologista ressaltando, ainda, que se trata de uma doença crônica que tem tratamento.

Chegamos ao ponto central: tratamento. A Secretaria de Saúde de Serra oferece, aos munícipes, o único ambulatório de psoríase do Estado do Espírito Santo. Criado em 2019, o serviço funcionava todas as quartas-feiras na Unidade Regional de Novo Horizonte. No entanto, a partir de 15 de dezembro, o ambulatório passou a integrar a rede de especialidades médicas no Ambulatório Municipal de Especialidades (Ames), localizado em Jardim Limoeiro.

O dia da semana continua o mesmo, às quartas-feiras, das 7 às 19 horas. O acesso é via Unidade de Saúde, onde o usuário será atendido por um médico generalista, que fará o encaminhamento, via e-mail, diretamente para o ambulatório. O objetivo da mudança de local é para colocar o paciente ainda mais próximo das outras especialidades, já que a psoríase pode estar associada a outras doenças, como oculares, intestinais, circulatórias, articulares e psiquiátricas.

“Sempre pesquisamos a artrite. Isso porque até 30% dos pacientes com psoríase vão abrir um quadro com artrite. Na consulta, ele não fala que sente dores na coluna, por exemplo, mas pode ter relação com a doença. Para fazer toda a avaliação de histórico de saúde, de vida, de ambiente em que vive o paciente, além do exame físico criterioso, a consulta é longa. Solicitamos para os pacientes portadores da forma grave da doença, exames laboratoriais, Raio-X de tórax, teste PPD (tuberculíneo) e atualização da carteira vacinal, para avaliação se estará apto a tomar medicação sistêmica ”, salientou.

Atualmente, 225 pacientes com psoríase são acompanhados pela equipe do Ambulatório Especializado.

“A maioria deles é grave. É importante ressaltar que o munícipe com essa doença, seja ele homem ou mulher, apresenta mais risco de ter hipertensão, colesterol alto, problemas cardiológicos”, frisou a dermatologista, arrematando: “De 1 a 2 % da população brasileira tem psoríase. Ela pode se manifestar na forma leve, moderada ou grave. A leve é aquela que compromete menos de 10% de área de superfície corporal. A grave é quando acomete áreas especiais, como face, palma da mão e planta dos pés, genitália, que geram impacto grande na qualidade de vida sem resposta a medicação tópica, ou quando o comprometimento é maior que 10% da área de superfície corporal. Há casos de pacientes que desenvolvem infecções secundárias”, informou.

O tratamento pode ser de uso tópico, com pomadas, medicamentos via oral ou injetável (biológicos). Os medicamentos são fornecidos pela Farmácia Cidadã.

“Uma vez no programa, o usuário não precisa mais voltar à Unidade de Saúde. O retorno dele já é marcado pelo próprio ambulatório. Nos casos leves, o retorno é de quatro a seis meses. Já, para os graves, todo mês, até ser medicado. Quando medicado, o retorno passa para a cada três meses”, disse.

Atenção!
Receitinhas caseiras que não funcionam;
Uso de corticoide oral é um risco para o paciente com psoríase. Agrava a doença;
Tirar a escama agrava a psoríase, induzindo mais lesão;
Piora no período mais frio;
​Acomete tanto homens quanto mulheres na mesma proporção;

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