SAÚDE

Câncer de pulmão é o que mais mata no mundo, diz a OPAS

A cura depende de diversos fatores, como ter o diagnóstico precoce e ser bem operado. 

Em 03/02/2023 Referência CCNEWS, Redação Multimídia

Foto: Divulgação/Internet/(Reprodução/cirurgiatoracicadovale)

De acordo com o oncologista da Rede Meridional, Fernando Zamprogno, o câncer de pulmão é uma neoplasia maligna, cujo maior fator de risco é o tabagismo. 

O câncer de pulmão, doença que vitimou a jornalista Glória Maria, é o tumor maligno que mais mata no mundo. De acordo com a OPAS (Organização Pan-Americana da Saúde) são 1,76 milhão de óbitos mundiais, sendo que 90% dos casos da doença são provocados pelo tabagismo, segundo o INCA (Instituto Nacional de Câncer).

A doença é uma neoplasia maligna, ou seja, uma proliferação de células que se acumulam de modo indevido e por um período indeterminado, que adquirem a capacidade de invadir tecidos ao redor do pulmão, levando a metástase para o corpo.

Tabagismo

De acordo com o oncologista da Rede Meridional, Fernando Zamprogno, o maior fator de risco é o tabagismo. 

“É responsável por cerca de 80% dos casos dos cânceres de pulmão. É a maior causa de câncer de modo global evitável. Outras causas também podem influenciar, como a exposição ao gás radônio, presente em alguns granitos, segundo maior causador do câncer de pulmão e também a poluição atmosférica. Isso mostra o tamanho do desafio de fazer diagnóstico precoce, de focar na prevenção, para evitar que algo aconteça, de não nos expormos ao risco patente”, lembrou.

O médico afirmou que é uma neoplasia que não dá sintomas iniciais, porque, geralmente, nasce no meio do parênquima pulmonar, local que não provoca dor. Com o aumento da lesão, pode adquirir características que provoquem tosse, falta de ar, cansaço fácil e eventualmente, pode causar sangramentos.

 O diagnóstico da doença é feito através de biopsia. Os exames que ajudam a descobrir o câncer de pulmão são raio-X e tomografias. Sendo que as tomografias são mais sensíveis, detectam nódulos em tamanho menor, na fase inicial.

Fernando Zamprogno alerta que todo fumante, sobretudo os que fumam há mais de 20 anos, a partir dos 50 anos de idade, precisam fazer uma tomografia por ano para buscar nódulos suspeitos. Isso ajuda muito a salvar vidas.

Sintomas

De uma forma geral, pacientes com câncer de pulmão relatam os seguintes sintomas:

  • Dor no peito;
  • Dificuldade para respirar;
  • Rouquidão;
  • Tosse recorrente;
  • Fadiga extrema;
  • Perda de peso;
  • Escarro com sangue;
  • Entre outros.

Tratamento

Para os especialistas, a cirurgia é o grande esteio para o tratamento do câncer de pulmão. É por onde se começa a ganhar da doença. Após a cirurgia, há a indicação de quimioterapia para alguns pacientes; uso de droga oral para outros, que são carregadores de mutação, chamada EGFR, e imunoterapia para os indivíduos que expressam a molécula PDL1 nesse tumor. Os pacientes que não podem ser submetidos à cirurgia devido ao avanço da doença, fazem quimioterapia com radioterapia, seguido de imunoterapia, com resultados, às vezes, até melhores do que a cirurgia. E existe o grupo em que a doença está avançada, metastática, para o qual é feito um tratamento de controle, onde a cura não é possível, mas a doença é controlada por um tempo longo, caso da jornalista Glória Maria.

O câncer de pulmão pode desenvolver metástase para o próprio pulmão, pleura, mediastino, fígado, cérebro e para os ossos. O cérebro é um dos pontos de metástase e o prognóstico piora quando existe lesão cerebral. No entanto, os médicos realizam todo o esforço de tratamento, que vai envolver radioterapia, cirurgia, quimioterapia e a terapia alvo, com o objetivo de tentar controlar o máximo possível.

Segundo Zamprogno, na história de Glória Maria, nota-se como os tratamentos foram eficazes. 

“No passado, uma metástase cerebral representava uma chance de sobrevida de aproximadamente seis meses. Hoje conseguimos, com os novos tratamentos, evoluir e aumentar essa perspectiva de vida. E isso mostra como é importante o tratamento do oncologista e de toda a equipe de radioterapia, cirurgia, no sentido de prolongar a vida desses pacientes da melhor forma possível”, afirmou.

Isso para pensar em usar depois da cirurgia, chamamos de terapia adjuvante está envolvido o uso de quimioterapia, de terapia alvo, como esse comprimido e de imunoterapia, dentro de contextos específicos como o EGFR e o PDL1. Os indivíduos que não podem ser submetidos a cirurgia porque a doença está mais avançada não fazem porque os resultados de quimi com radio seguidos de imunoterapia são melhores do que os resultados com cirurgias. E existe o grupo que infelizmente a doença está avançada, metastática e que temos que fazer um tratamento de controle, onde a cura não é possível, mas conseguimos controlar a doença por um tempo longo.

A cura

A cura do câncer de pulmão depende de diversos fatores, como ter o diagnóstico precoce e ser bem operado. 

“Sabemos que a discussão entre o cirurgião e a equipe de oncologia também ajuda no aumento da chance de cura. Todos que estejam passando por uma situação de suspeita de câncer de pulmão precisam de uma avaliação global, do cirurgião e do oncologista”, afirmou o médico. (Por Cristiane de Souza/AsImp)

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