POLÍTICA NACIONAL

Medidas provisórias de limitação de gastos com cultura expira

Uma medida provisória vale por 60 dias, prorrogáveis por mais 60. Se não votada, ela expira.

Em 04/02/2023 Referência CCNEWS, Redação Multimídia

Foto: Divulgação/Theatro Municipal do Rio de Janeiro

Como não foram votadas na Câmara, as medidas provisórias não chegaram a ser enviadas ao Senado para votação.

Duas medidas provisórias editadas pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro perdem a validade neste domingo (5). Uma delas adiou repasses orçamentários aos setores da cultura e de eventos previstos nas leis Paulo Gustavo, Aldir Blanc 2 e no Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse). O texto que chegou a receber 44 emendas.

A outra, a MP 1.135/2022, limitou o uso de recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT). Ela recebeu 15 emendas.

Como não foram votadas na Câmara, as medidas provisórias não chegaram a ser enviadas ao Senado para votação.

Tramitação

Uma medida provisória vale por 60 dias, prorrogáveis por mais 60. Depois disso, caso não tenha sido votada nas duas Casas do Parlamento (Câmara e Senado), ela expira.

A Constituição determina que as relações jurídicas estabelecidas por uma MP não aprovada podem ser definidas pelo Congresso, por meio de decreto legislativo. Se isso for feito até 60 dias após a caducidade, os atos praticados durante a vigência da MP podem ser convalidados.

Pelo menos outras 24 medidas provisórias estão pendentes de votação no Congresso Nacional.

STF

Ontem, o Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) referendou liminar que assegurou o repasse de recursos ao setor cultural.

A decisão foi em resposta a ação, ajuizada pela Rede Sustentabilidade contra a MP 1.135/2022. A MP chegou a ser suspensa por decisão do STF, que restabeleceu a eficácia da legislação criada pelo Congresso Nacional para dar socorro emergencial ao setor afetado pela pandemia de covid-19.

Mas a Rede informou posteriormente à Corte que o Poder Executivo não providenciou a execução orçamentária em tempo hábil para o repasse de verbas para o setor cultural ainda em 2022. Diante disso, foi acolhido o pedido da Rede para assegurar que o socorro financeiro destinado pela legislação ao setor possa ser utilizado no decorrer de 2023. (Por Karine Melo – da Agência Brasil)

Leia também:

Marcelo Santos é novo presidente da Assembleia Legislativa
Governo ES anuncia novos investimentos na área ambiental
Estado investe R$ 100 milhões em novos equipamentos para PM
Câmara e Senado elegem suas presidências nesta quarta-feira
Governo cria grupo para combater crimes em terras indígenas
Senado conclui 1ª restauração de uma das obras danificadas
Casagrande defende pautas prioritárias em reunião com Lula
Vamos discutir as perdas com ICMS, diz Lula a governadores
Casagrande participa de reunião do Fórum dos Governadores
Governador Casagrande se reúne com vice-presidente da República

TAGS:
CULTURA | MEDIDAS PROVISÓRIAS | GASTOS | LIMITAÇÕES | SENADO