Esses brinquedos, brincadeiras e interações proporcionam às crianças uma diversidade de experiências corporais, como correr, saltar, girar e arremessar, desenvolvendo sua própria relação com a cultura do movimento e experimentando os seus diferentes sentidos e significados.

Por meio das brincadeiras, também, crianças descobrem o mundo, se comunicam e desenvolvem habilidades motoras e cognitivas. Pensando nisso, as professoras de Educação Física, Dayselane Bianchini, Débora Lopes e Fabiana Rodrigues, desenvolveram o projeto "Fogo, terra, água e ar: os elementos da natureza instigando a natureza do brincar", com as crianças do Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) Reinaldo Ridolfi, que fica em Maria Ortiz.

O elemento "ar" foi o primeiro escolhido para iniciar as vivências do projeto. A partir da temática "Brinquedos no ar", foram realizadas oficinas com as turmas que resultaram na criação de brinquedos como aviões de papel, balangandãs, pipas, foguetinhos e paraquedas feitos com sacolas plásticas. Além disso, as crianças vivenciaram jogos aéreos como vôlei com bolas e bexigas, peteca e brincadeiras com bolhas de sabão.

Esses brinquedos, brincadeiras e interações proporcionam às crianças uma diversidade de experiências corporais, como correr, saltar, girar e arremessar, desenvolvendo sua própria relação com a cultura do movimento e experimentando os seus diferentes sentidos e significados. Dessa forma, eles reelaboram, recriam e reinventam suas próprias expressões e ações de movimento.

Para tornar a experiência ainda mais atrativa e utilizar os espaços públicos da cidade de Vitória, as professoras levaram as turmas para um passeio pedagógico na praia de Camburi, para que pudessem soltar as pipas feitas nas oficinas. De forma lúdica, as crianças perceberam que o vento é o ar em movimento, e que é um elemento essencial nessa brincadeira.

"Ao pensar em Educação Física na Educação Infantil, um leque de possibilidades pedagógicas se abre no que se referem às experiências de movimento corporal e o nosso desafio, enquanto professores, é nos adentrar na pesquisa e na inventividade para propormos vivências que significam e ressignificam temas pertinentes às culturas infantis de modo que haja apropriação e produção de sentidos para as crianças. Assim, podemos relatar que o passeio na praia para soltar as pipas foi uma experimentação potente, rica de sentidos, significados, ludicidade e encantamento", disse a professora Dayselane.

Vivenciando o aprendizado

Em um segundo momento, as professoras planejaram uma brincadeira chamada "Falsa Baiana", em que cada criança pôde experimentar andar sobre uma corda suspensa, ligadas de uma árvore à outra no Cmei, apoiando as mãos na corda superior. O objetivo era que os pequenos encontrassem o equilíbrio de seu próprio corpo para conseguir atravessar de um lado ao outro.

"Apesar de algumas apresentarem medo ao perceberem seu corpo se soltar, todas conseguiram se equilibrar, superando a sensação de insegurança, realizando a proposta com interesse e entusiasmo", contou a professora.

Além disso, mais uma atividade do projeto encantou e divertiu ainda mais os pequenos. Desta vez, as professoras proporcionaram às crianças a experiência de descerem em uma tirolesa que foi montada dentro da própria unidade de ensino. Helysson Almeida, do grupo 6, falou com empolgação sobre a atividade.

"Eu gostei porque subi e depois desci muito rápido. Quando eu estava lá em cima, eu até peguei uma folhinha da árvore", relatou.

A pedagoga Maria Aparecida Santos reitera a importância dessas vivências na Educação Infantil.

"Essas atividades traduzem a essência e a necessidade das crianças expressarem-se corporalmente no espaço físico do Cmei, um espaço que precisa ser permanentemente praticado, vivido e transformado por quem o habita. São componentes do currículo da Educação Infantil e permeiam as especificidades do trabalho de Educação Física, um contexto que precisa ser permanentemente de criação, participação e inovação junto às crianças", disse. (Secom/PMV)

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