TEMAS GERAIS

Movimentos sociais têm assento no comitê para povos de rua

O comitê, é coordenado pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC).

Em 09/04/2023 Referência CCNEWS, Redação Multimídia

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Indicações para composição devem observar equidade de gênero e raça.

Os movimentos em prol da população em situação de rua terão representatividade no Comitê Intersetorial de Acompanhamento e Monitoramento da Política Nacional para a População em Situação de Rua (CIAMP-Rua). O comitê, instalado em 2009, é coordenado pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC). A ampliação da participação da sociedade civil, agora, com 11 membros, foi autorizada pelo Decreto nº 11.472, publicado no Diário Oficial da União (DOU) de quinta-feira (6).

A partir do decreto, a composição do comitê também deve observar a paridade de gênero e étnico-racial. Por isso, é obrigatória a indicação de, no mínimo, uma mulher e uma pessoa autodeclarada preta, parda ou indígena, entre titular e suplente. A nova regra vale para todos os órgãos, entidades e movimento social participantes do CIAMP-Rua.

A atual legislação revoga o Decreto nº 9.894/2019, que, na época, reduziu o número de representantes da sociedade civil no comitê. A secretária Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos do MDHC, Isadora Brandão, comemora o fortalecimento da política.

“Essas mudanças são um importante avanço na garantia da participação e controle social no acompanhamento das políticas públicas para a população em situação de rua e garantem o necessário protagonismo desse grupo nesse processo”.

A fundadora e diretora executiva da Associação BSB Invisível, Marie Baqui, considera a mudança de representação um avanço.

“São essas pessoas, responsáveis por organizações que lidam pessoalmente com a população em situação de vulnerabilidade social, que entendem quais são as principais queixas, as principais faltas. Devido à discriminação e pelo próprio preconceito com a população de rua, somos nós – organizações da sociedade civil – que, muitas vezes, somos ouvidos. Porque se essas pessoas sozinhas fossem lutar e suplicar por voz, elas não teriam”. (Por Daniella Almeida - da Agência Brasil)

Leia também:

Homem invade creche e mata quatro crianças em Blumenau
Chuvas levam mais 2 cidades do Acre a decretar emergência
> Ataque americano na Síria mata líder do Estado Islâmico
IBGE: número de trabalhadoras domésticas caiu em 10 anos
Estratégias ajudam a diminuir conflito entre fazendeiros e onças
Mais de 18 câmeras já estão operando em escolas de Aracruz
Brasil ganha 72 km² de território com recálculo de fronteiras
Idaf intensifica orientações sobre regularização de barragens
Em SP, ministro critica modelo de privatização da Eletrobras
Professora morre e pessoas são feridas em ataque na escola
Governo estuda decretar emergência climática em mil cidades

TAGS:
MOVIMENTOS | COMITÊ | POPULAÇÃO DE RUA | MDHC | GENERO E RAÇA