EDUCAÇÃO

Atividades imersivas sensibilizam estudantes de Vitória

Atividades imersivas sensibilizam estudantes de escola de Vitória sobre a Educação Inclusiva

Em 29/08/2022 Referência CCNEWS, Redação Multimídia

Foto: Divulgação/PMV

As atividades foram coordenadas pelo professor de Educação Especial Solimar Stuh, com apoio da professora Denise Almeida e de toda a equipe pedagógica da unidade de ensino, que abraçou a causa.

Sete semanas de imersão em diversas atividades, com o objetivo de reconhecer o direito à diversidade, inclusão e participação dos estudantes atendidos pela Educação Especial. Esse é o projeto "Uma escola para todos, incluindo para vida!", desenvolvido com 350 estudantes do turno vespertino da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Rita de Cássia Oliveira, que fica no bairro Resistência.

Cabana sensorial, contação de histórias, jogos digitais, brincadeiras e jogos nas aulas de Educação Física, vídeos, pintura, produção textual e teatro foram algumas das atividades realizadas na unidade de ensino para sensibilizar os estudantes, diante da necessidade identificada pela equipe escolar de trabalhar com variadas expressões de inclusão que se apresentam no cotidiano escolar.

As atividades foram coordenadas pelo professor de Educação Especial Solimar Stuh, com apoio da professora Denise Almeida e de toda a equipe pedagógica da unidade de ensino, que abraçou a causa. Para a diretora da escola, Elaine Vieira, a construção da cidadania passa pela insistência na inclusão escolar, na valorização da diversidade e no respeito à diferença.

"Uma escola inclusiva é uma escola comum que recebe a todos, independentemente das diferenças. Buscamos trabalhar essa questão, bem como o entendimento de que todos possuem necessidades diferentes e estas devem ser respeitadas. Nossos estudantes aprenderam por meio de histórias e brincadeiras que podemos ser amigos uns dos outros independente das diferenças de cada um", ressaltou.

Experiências para a vida

Os estudantes viveram as experiências e, além do aprendizado, puderam sentir, experimentar novas sensações.

A estudante Sofia Brenda, do 9º ano, falou sobre as experiências vivenciadas no projeto.

"Eu gostei muito, nos deparamos com ambientes e momentos bem tranquilizantes, penso que poderia ter mais coisas assim na escola, foi uma nova experiência! Me surpreendi com as texturas quando utilizamos os pés para sentir, em que consegui perceber um pouco melhor como são os nossos 5 sentidos", disse.

"Achei algo interessante, foi uma experiência diferente e muito boa, me causou uma sensação de tranquilidade e chegou a ser terapêutico, em particular os estímulos da audição foram os que mais me intrigaram, e me deram satisfação e gostaria de experimentar novamente!", comentou a estudante Roberta Gonçalves Carneiro, do 9° ano.

A experiência da cabana sensorial também foi uma atividade surpreendente para Simião Antunes de Siqueira, do 8° ano.

"Me senti num mundo completamente diferente, foi muito legal o que tinha na cabana sensorial, coisas que nunca esperava ver ou fazer! E valeria a pena ver de novo!", disse.

"Para mim foi uma experiência muito boa! A cabana era bem diferente, mas relaxante! Gostei de tudo o que vi, ouvi, senti! Me deixou bem impressionada, na minha opinião deveria ter mais vezes, seria bem divertido!", avaliou a estudante Ashely Ribeiro, do 7° ano.

A sensação de calma mereceu destaque também pela estudante Rayanne Rodrigues Araujo, do 5° ano.

"Eu gostei dos sons, cheiros, das diferentes texturas, manuseio da argila/ tinta e jogos. A experiência é muito boa e transmite muita calma", disse.

Davi dos Santos, do 4º ano, ficou encantado com as diversas atividades oferecidas.

"Foi bem legal, senti vários cheiros e sensações com as mãos e pés e descobri os itens na bolsa sensitiva através do tato! Amei o efeito da lua, saía um vento frio e cheiroso e também do movimento de pinça com o pregador e os cubos de esponjas! Gostei de ver as garrafas sensoriais e dos jogos/pinturas", contou.

Da mesma turma, Rhian Carlos Felisberto da Paixão foi outro estudante que aprovou a experiência.

"Eu gostei dos cheiros, luzes, sons e manuseio da argila e tintas! Muito legal os momentos de história com o som do pau de chuva", pontuou.

Para o professor Solimar Stuh, os objetivos foram alcançados e o projeto se mostrou eficaz para consolidar os temas trabalhados com os estudantes.

"Foi muito gratificante poder proporcionar um momento especial para todos eles, em que pudemos perceber que as turmas vivenciaram algo novo e diferente do cotidiano em que estão inseridos", disse.

Vivenciando as diferenças

Inicialmente, foram trabalhados com as turmas os vídeos "O presente Curta fan" e "Somos Todos Iguais - Inclusão Social" para aprofundar com os estudantes temas transversais, como respeito mútuo, solidariedade, diálogo, igualdade, inclusão e respeito às diferenças. A partir daí, toda a equipe pedagógica atuou em conjunto para possibilitar diversas experiências.

Na biblioteca, foi instalada uma cabana sensorial, para que os estudantes pudessem explorar e vivenciar sentidos como o tato e o olfato, por exemplo, para entenderem como é o cotidiano dos colegas que são portadores de algum tipo de deficiência. Nas aulas de Educação Física, brincadeiras como vendar os olhos, pula saco, circuito, vôlei sentado e bolas com comandos tiveram o mesmo objetivo.

Nas aulas de Arte, os estudantes vivenciaram pintura com os pés, com a boca, soprando canudo e pintando com os olhos vendados. Já nas aulas de Língua Portuguesa, teve muita produção de texto, leitura de poesias sobre diversidade, rodas de conversa e confecção de histórias em quadrinhos.

Para aguçar ainda mais os sentidos e entender a importância dos órgãos do corpo humano, nas aulas de Ciências foram utilizados recursos como horta sensorial, caixa surpresa (para manusear areia, barro, feijão, algodão, entre outros), chocalhos, jogo da memória auditivo, garrafas sensoriais, binóculos, lupas e experimentação de alimentos.

Já nas aulas de História e Geografia, foram realizadas pesquisas em grupo sobre pessoas portadoras de deficiências que superaram desafios e se encontram no mercado de trabalho. Em Matemática, os estudantes trabalharam com elaboração de gráficos e sólidos geométricos sensoriais.

Aulas sensoriais na Educação Infantil

No Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) Terezinha Vasconcellos Salvador, que fica no bairro Romão, uma sequência didática desenvolvida nas aulas de Educação Física pelo professor César Rego promoveu integração e inclusão entre as crianças, por meio da exploração de diferentes texturas e ambientes sensoriais.

Os pequenos vivenciaram descobertas como a textura e sensação de argila, areia do mar capixaba, grama, água e pedras, além de uma travessia por um tubo sensorial. Para o professor, a atividade pedagógica despertou a curiosidade das crianças em conhecer as variadas sensações.

"Foi uma experiência fantástica proporcionar essa troca às crianças, levando conhecimento e oportunizando a vivenciar algo novo, contribuindo para que elas tenham descoberta e exploração do mundo", explicou.

Inclusão pelo esporte

Na Emef Alberto de Almeida, em Santo Antônio, a inclusão vem sendo trabalhada por meio do esporte, nas aulas de Educação Física. A unidade de ensino, ao promover os jogos interclasse, teve o cuidado de incentivar a participação de todos os estudantes, inclusive aqueles que são portadores de alguma deficiência física ou intelectual.

A equipe escolar relatou que o trabalho foi desenvolvido em três etapas: identificar as necessidades específicas dos estudantes atendidos pela Educação Especial; oferecer o atendimento especializado; potencializar as relações de troca entre esses estudantes, seus pares, professores e demais pessoas que compõem a comunidade acadêmica.

"Conseguimos concretizar ações de inclusão com os jogos interclasse, com a participação dos estudantes público alvo da Educação Especial. A inclusão se dá no tecido social, por meio das interações sociais que acontecem na escola e fora dela. O estudante se constitui a partir dos vários encontros sociais que estabelece, sofrendo e promovendo influências de muitas dinâmicas culturais diferentes, isso porque uma pessoa pertence a vários grupos sociais, incluindo a escola", destacou o diretor da unidade de ensino, Melquisedeque Silveira. (Secom/PMV)

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